Topo

Ana María Matute recebe Prêmio Cervantes de Literatura na 4ª feira em Madri

A escritora Ana María Matute (à frente) e a ministra Angeles Gonzalez-Sinde em Madri (25/04/2011)  - Paul White / AP
A escritora Ana María Matute (à frente) e a ministra Angeles Gonzalez-Sinde em Madri (25/04/2011) Imagem: Paul White / AP

25/04/2011 13h46

Madri, 25 abr (EFE) - "Feliz, mas muito emocionada e nervosa", assim Ana María Matute, autora de "Paraíso Inabitado" explica sua sensação dois dias antes de receber o Prêmio Cervantes de Literatura na quarta-feira, na Universidade de Alcalá de Henares, cerca de 30 quilômetros ao norte de Madri.

Nesta segunda-feira, Ana María participou de um encontro com a imprensa, na Biblioteca Nacional, na capital espanhola, acompanhada pela ministra de Cultura, Ángeles González Sinde e amanhã terá um almoço com os reis Juan Carlos e Sofía, no Palácio Real, com presença de representantes da cultura.

"Não me inspirei em nenhum outro escritor para fazer o discurso, mas fundamentalmente o que vou fazer é agradecer por esta honra tão grande e explicar que a literatura foi talvez a razão mais importante da minha vida".

A escritora catalã, de 84 anos, relatou que quando leu "Dom Quixote de La Mancha", pela primeira vez aos 12 anos, "não tinha entendido nada. Mas como 18 ou 20 anos, li novamente e me apaixonei, e foi a primeira vez que chorei lendo um livro".

Nesta segunda-feira, a autora esclareceu que embora a infância seja um dos temas que mais lhe interessa, "o ódio entre irmãos" é o que mais lhe preocupa.

"O ódio e a solidão do homem atual é o que mais me preocupa. É uma coisa tremenda, o homem que sempre anda só pela vida, o desafeto é o que mais me preocupa", ressaltou.

Rebelde e moderna como sempre foi, a autora se mostrou hoje a favor dos livros eletrônicos, embora ela tenha confessado ser uma apaixonada pelo livro em papel.