Banderas: "Almodóvar quase se torna japonês, muito minimalista"
Málaga (Espanha), 8 abr (EFE).- Antonio Banderas afirmou nesta sexta-feira que o diretor Pedro Almodóvar "se tornou quase japonês, muito minimalista", e que em termos artísticos notou nele "uma mudança muito grande".
O ator, que deu uma entrevista coletiva em sua cidade natal, Málaga (sul da Espanha), disse que Almodóvar "abandonou um pouco o barroco e se tornou um diretor muito mais breve, mais profundo".
Ambos trabalharam juntos no filme "A Pele que Habito", que foi "uma experiência fantástica", mas também "difícil" para Banderas, considerando que Almodóvar é "complexo".
"Movimenta o chão pelo qual pisa e é aí onde está a criação", explicou o ator, assegurando que o diretor espanhol "sabe movimentar muito bem seus atores nesse sentido".
Sobre seus projetos, Banderas disse que acredita começar no próximo ano em Málaga a filmagem de "Solo", seu terceiro filme como diretor após "Loucos do Alabama" e "O Caminho dos Ingleses", e na qual também participará como ator.
De forma "realista", explicou, não poderá abordar a filmagem de "Solo" até janeiro do ano que vem, já que em setembro começará a promoção de "A Pele que Habito" e em outubro promoverá "Black Gold", rodado na Tunísia sob a direção de Jean-Jacques Annaud.
Além disso, Banderas deve produzir um filme com o diretor Gabe Ibáñez, na qual também atuará, um projeto que apresentará em Cannes (França) junto ao do filme "Só".
A este respeito, disse que conseguiram recentemente um acordo com duas produtoras, a espanhola Vértice 360 e a francesa Quinta; com elas está analisando como "encaixar" ambas as filmagens em 2012.
Sobre seu anunciado "Boabdil", sobre a vida do último rei árabe de Granada (sul da Espanha), Banderas explicou que "vai bem" porque o produtor é um tunisiano-francês que "trabalha com fundos catarianos".
No entanto, o ator apontou que o "problema" deste projeto é que "é caríssimo" e "no momento financeiro difícil pelo qual as pessoas estão passando se retrai muito um investimento que pode rondar os 50 ou 60 milhões de euros".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.