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Guillermo del Toro adia filme com Tom Cruise e filmará "Pacific Rim"

09/03/2011 16h07

Los Angeles (EUA), 9 mar (EFE).- O mexicano Guillermo del Toro começará a filmar ainda neste ano seu novo filme, "Pacific Rim", após confirmar que vai adiar por tempo indeterminado a produção de "At the Mountains of Darkness", um filme que seria protagonizado por Tom Cruise.

Em declarações publicadas nesta quarta-feira pelo site especializado "Deadline", o cineasta revelou que pretende começar em setembro a produção de "Pacific Rim", uma história sobre um enorme monstro com roteiro de Travis Beacham para o estúdio Legendary Pictures.

Del Toro também explicou que o estúdio Universal decidiu não autorizar seu projeto com Cruise (e produzido por James Cameron) devido a várias impedimentos, principalmente de financiar uma obra para maiores de 18 anos com um orçamento de US$ 150 milhões quando o objetivo era que a arrecadação superasse os US$ 500 milhões.

"Tom Cruise estava, sem dúvidas, a favor de fazer o filme. Nos reunimos dezenas de vezes e o roteiro contava com sua aprovação, mas fechar o acordo não estava em minhas mãos. Precisava fechá-lo corporativamente. Acho que com o uso do 3D, Tom Cruise, Jim Cameron e o conteúdo do romance de Lovecraft, poderia alcançar esse número", indicou.

Quanto à "Pacific Rim", um filme que estreará com a qualificação para maiores de 13 anos, disse: "Só posso dizer que estou muito contente de poder desenvolvê-lo da minha maneira. Não tem nada de semelhança com Godzilla. A imaginação e a atmosfera do roteiro me atraem absolutamente".

Del Toro declarou que sente saudades de dirigir e lembrou da dificuldade que passou previamente, quando se preparou durante meses para a filmagem de "O Hobbit" antes de desligar-se do projeto devido a seus constantes atrasos.

O diretor deixou claro que tem planos de retomar "At the Mountains of Darkness" em algum momento.

"Falei com Tom nos últimos dias que me encorajou a fazê-lo no futuro. Lutaremos para que isso ocorra. Me ofereceram fazer esse filmes por quatro ou cinco vezes de uma maneira que eu não achava conveniente: com US$ 20 milhões ou US$ 30 milhões a menos e com uma qualificação para maiores de 13 anos. Não quero fazê-lo assim", concluiu.