Dior anuncia que demitirá John Galliano
Paris, 1 mar (EFE).- A grife Christian Dior anunciou nesta terça-feira que iniciou os trâmites para demitir o estilista britânico John Galliano, após a difusão de um vídeo no qual, em evidente estado de embriaguez, afirma que "ama Hitler" em um bar parisiense.
A Dior, que pertence ao grupo LVMH, para qual Galliano trabalha como diretor artístico desde 1996, indicou em comunicado que tomou essa decisão depois do vazamento de um vídeo no qual o costureiro insultava clientes de um bar.
A gravação chegou à imprensa dias depois que outros clientes do mesmo bar denunciaram o estilista, nascido em Gibraltar em 1960, por uma suposta tentativa de agressão e por pronunciar supostos insultos antissemitas.
Após esse incidente, que foi seguido pela detenção de Galliano, a grife "suspendeu imediatamente suas relações com o estilista, à espera dos resultados da investigação", assinala a nota da Dior.
"Hoje, por conta do caráter particularmente odioso do comportamento e das declarações de John Galliano em um vídeo divulgado na segunda-feira, a Dior decidiu afastá-lo imediatamente e iniciar um processo de demissão contra ele", acrescenta o comunicado.
O máximo responsável da Dior Couture, Sydney Toledano, condenou na nota as declarações do estilista e assegurou que estão "em total contradição com os valores essenciais que sempre foram defendidos" pela marca.
Galliano negou nesta segunda-feira à Polícia as acusações do casal que o denunciou na quinta-feira passada, uma linha que, segundo a imprensa francesa, foi sustentada por outras testemunhas.
No entanto, o depoimento aconteceu enquanto começava a circular na internet um vídeo publicado pelo jornal "The Sun" no qual se vê o até agora estilista da Dior dizer que "ama Hitler".
Trata-se de uma gravação feita por outros clientes do mesmo bar "La Perle", no bairro do Marrais parisiense, desta vez em dezembro de 2010.
"I love Hitler", diz o guru da moda, visivelmente alcoolizado em um vídeo no qual provoca uma cliente do bar: "As pessoas como você estariam mortas".
Após o comparecimento de Galliano, de 50 anos, e das testemunhas à Polícia, a Promotoria pediu que fossem realizadas mais investigações antes de levar o caso à Justiça.
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