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João Paulo Cuenca: "A imagem da literatura brasileira é quase folclórica"

O escritor João Paulo Cuenca participa do do festival Correntes d"Escritas, em Portugal (01/09/2010) - Rafael Andrade / Folhapress
O escritor João Paulo Cuenca participa do do festival Correntes d'Escritas, em Portugal (01/09/2010) Imagem: Rafael Andrade / Folhapress

26/02/2011 16h38

Lisboa, 26 fev (EFE).- O escritor brasileiro João Paulo Cuenca garante que a imagem da literatura brasileira tanto na Espanha como na Europa é ainda "muito regional e quase folclórica", e defendeu como contraponto a personalidade universal das letras.

"O importante é o texto, não importa de onde proceda", ressaltou em declarações à Agência Efe o romancista, que se encontra em Portugal para participar do festival Correntes d'Escritas, uma das reuniões mais importantes em nível literário do país e realizado desde 2000 em Póvoa de Varzim.

Na opinião do escritor, "a literatura brasileira contemporânea é muito mais rica e sofisticada" que a chegada até agora ao continente europeu, por isso que ainda "há muitos escritores que devem ser traduzidos".

Cuenca relembrou um encontro que manteve há anos com um editor europeu, que criticou que seu romance não tratava a realidade de seu país natal.

Além de Cuenca e outros autores de língua portuguesa, a 12ª edição do festival literário português contou com a participação de 14 escritores de fala hispana, procedentes da Espanha, Argentina, Cuba, Chile, México e Uruguai.

Além de mesas redondas e colóquios centrados na criação literária e a relação dos autores com seu público, no marco do festival Correntes d'Escritas também realizaram exposições de arte, representações teatrais e projeções cinematográficas.