Schwarzenegger, Mel Gibson e Bruce Willis, adeptos dos charutos hondurenhos
Luis Alfredo Martínez.
Copán Ruinas (Honduras), 17 fev (EFE).- Além dos filmes de ação, as estrelas de Hollywood Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Mel Gibson, Steven Seagal e Jean-Claude Van Damme também compartilham o gosto pelos charutos hondurenhos.
Seu fornecedor é o antigo advogado de parte deles, Rocky Patel, nascido na Índia, de onde chegou em 1975 aos Estados Unidos, e quem desde 1996 tem uma fábrica de charutos que leva seu nome em Danlí, El Paraíso (este de Honduras), e tem conquistado espaço no mercado entre as principais marcas.
Patel disse à Agência Efe que tem "muitos clientes de Hollywood", entre eles 'action stars' como "Steven Seagal, Jean-Claude Van Damme, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson e Bruce Willis", além de estrelas da televisão e dos esportes como atletas do futebol americano.
"São amigos próximos além de meus clientes", ressaltou Patel, um dos principais produtores de charutos hondurenhos que participa do Primeiro Festival Humo Jaguar, que é realizado desde domingo para promover a indústria do tabaco, o turismo e os investimentos em Honduras.
Patel relatou que seu gosto pelos charutos e o interesse pelo negócio do tabaco começou quando era advogado de estrelas de Hollywood, como Schwarzenegger e Gibson, com quem se reunia para fumar em um clube de Los Angeles (Califórnia, EUA), chamado "Havana".
Em 1996, acrescentou, visitou a Nicarágua e Honduras com a ideia de ingressar no negócio, e começou a fazer suas próprias misturas e a "educar" seu paladar para "saber mais e conhecer mais sobre o tabaco".
Finalmente, encontrou "o lugar ideal para fazer charutos, Honduras, já que tem os melhores tabacos".
O empresário considera que o Festival Humo Jaguar, além de mostrar a riqueza da arte e da cultura de Honduras, "também está abrindo as portas para que o mundo inteiro possa conhecer o mercado de charutos".
"Este evento vai abrir muitas portas", especificou Patel durante a etapa do festival realizada no parque arqueológico maia de Copán Ruinas.
Sua empresa se soma a Camacho, Alianza Cigar Factory, Columbus, Raíces Cubanas, San Judas Tadeo, La Flor de Copán, Flor de Selva, Honduras American Tobacco y Plasencia Tabacos entre as grandes empresas que produzem e comercializam charutos hondurenhos.
Algumas destas marcas foram fundadas por famílias hondurenhas e outras por imigrantes cubanos, mas na indústria também há outras pequenas e médias que ocupam importantes nichos no mercado.
O dono de uma loja de tabacos de Düsseldorf (Alemanha), Werner Schmiz, relatou à Agência Efe que vende charutos hondurenhos comprados a um pequeno produtor de Danlí, que só tem 15 empregados, com quem faz negócio há cerca de 10 anos.
Os charutos hondurenhos "são muito bons, têm bom sabor e personalidade, e o melhor é que têm muito potencial", comentou Schmiz.
O Primeiro Festival Humo Jaguar reúne 150 produtores, negociadores, especialistas, fãs e jornalistas especializados em charutos, procedentes de 15 países da América, Ásia e Europa.
O tabaco de Honduras sofreu um forte impacto pela crise financeira dos Estados Unidos e o conflito político gerado pela saída do poder do presidente hondurenho Manuel Zelaya em 2009.
Como consequência, Nicarágua passou Honduras, que caiu de segundo para o terceiro lugar em exportação mundial de charutos, ranking liderado pela República Dominicana, explicou à Efe a presidente da Associação Hondurenha de Produtores de Tabaco e Charutos (APROTABACOH) e do comitê organizador, Maya Selva.
O objetivo do festival, que leva o nome de um governante maia de Copán, é dar um novo impulso ao charuto hondurenho, indicou Selva.
Além disso, vários empresários estrangeiros expressaram interesse em investir em outros setores, como café, exportação de frutas, energia hidrelétrica e telecomunicações, acrescentou.
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