Michael Moore denuncia distribuidora de "Fahrenheit 11 de Setembro"
Los Angeles (EUA), 8 fev (EFE).- O cineasta Michael Moore denunciou os donos do estúdio The Weinstein Company por apropriação indevida de vários milhões de dólares gerados pelo documentário "Fahrenheit 11 de Setembro", segundo informou nesta terça-feira o "Los Angeles Times".
O conhecido diretor americano vencedor de um Oscar por "Tiros em Columbine" (2002) acusou os irmãos Harvey e Robert Weinstein de falsificarem as contas do lucro do filme e ficaram com pelo menos US$ 2,7 milhões que supostamente eram de direito dele.
O caso foi apresentado na Corte Superior de Los Angeles contra dos Weinstein e de uma entidade chamada Fellowship Adventure Group criada especificamente por eles em sociedade com Lionsgate e IFC Films para a distribuição de "Fahrenheit 11 de Setembro".
"Os Weinstein pagaram tudo o que deviam. O senhor Moore recebeu uma enorme quantidade de dinheiro pelo filme. Deveria envergonhar-se", assegurou o advogado dos denunciados, Bert Fields.
Moore ingressou cerca de US$ 20 milhões até o momento pela realização do documentário no qual questionava a política de George W. Bush e o ocorrido em torno dos atentados de 11 de Setembro de 2001 em Nova York.
Larry Stein, que representa os interesses de Moore, assegurou que a denúncia chegou depois que um auditor independente estudasse as contas de "Fahrenheit 11 de Setembro".
"Esta é a primeira vez que Michael Moore denunciou alguém em seus 20 anos de carreira como diretor. Isso deveria ser um indicativo de que é algo sério. A quantia de US$ 2,7 milhões é o que descobrimos até agora. Não me surpreenderia que a quantidade fosse muito maior", disse Stein.
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