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Facebook aumenta segurança após ataque hacker contra seu fundador

26/01/2011 21h42

(Acrescenta último parágrafo).

Nova York, 26 jan (EFE).- O Facebook decidiu tomar novas medidas para aumentar sua segurança após recentes ataques de hackers contra a conta do próprio fundador da rede social, Mark Zuckerberg, e contra o funcionamento do site na Tunísia.

A maior rede social do mundo detalhou nesta quarta-feira em seu blog que tem intenção de implantar medidas como o acesso generalizado ao sistema através do protocolo "https" e, inclusive, pedir aos usuários que identifiquem corretamente alguns de seus amigos no Facebook antes de iniciar a sessão.

Essas medidas foram anunciadas pouco depois de se tornar público que a conta de Zuckerberg no Facebook foi hackeada. Uma mensagem postada em tal conta defendia que a rede social se transformasse em uma "empresa social" e se comprometesse a investir seus lucros em causas benéficas.

Era o que informava nesta quarta-feira o site especializado TechCrunch, que fez um "screenshot" (fotografia digital da tela) do texto antes de a página ser inabilitada.

"Se o Facebook precisa de dinheiro, em vez de ir aos bancos, por que o Facebook não deixa os usuários investirem no site de uma forma social? Por que não transformar o Facebook em um 'negócio social' da forma que o vencedor do Prêmio Nobel Muhammad Yunus descreve?", diz o texto do hacker, em que se inclui o link do site Wikipédia onde se explica esse conceito empresarial.

O ataque ao perfil de Zuckerberg ocorre poucos dias depois de a conta do presidente francês, Nicolas Sarkozy, também ser alvo de hackers. A conta de Sarkozy no Facebook teve postada uma mensagem em que se anunciava a desistência do líder em concorrer à reeleição.

Esses e outros ataques evidenciaram a alta vulnerabilidade da rede, que só exige um nome de usuário e senha para acessá-la e se baseia no protocolo "http", que não oferece a segurança do "https".

Tais medidas já foram aplicadas recentemente pelo Facebook para as contas de seus usuários na Tunísia, onde manifestantes convocaram protestos contra o Governo através da própria rede. As autoridades tentaram posteriormente bloquear o site.