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Ministra da Cultura lamenta "censura" a livros de Paulo Coelho

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda (esq.), lamentou que o governo do Irã tenha proibido a publicação dos livros de Paulo Coelho (dir.) - Montagem UOL/Gianne Carvalho/Folhapress / Guido Montani/Efe
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda (esq.), lamentou que o governo do Irã tenha proibido a publicação dos livros de Paulo Coelho (dir.) Imagem: Montagem UOL/Gianne Carvalho/Folhapress / Guido Montani/Efe

10/01/2011 15h03

Rio de Janeiro, 10 jan (EFE) - A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, lamentou nesta segunda-feira (10) que o governo do Irã tenha proibido a publicação dos livros do escritor Paulo Coelho, como denunciou o próprio autor.

"Pela cultura, só posso dizer que a censura é sempre lamentável", afirmou a ministra a jornalistas, durante uma visita a uma favela do Rio de Janeiro.

A ministra assegurou que vai conversar sobre o assunto com o Ministério das Relações Exteriores e especificou que qualquer manifestação junto ao governo iraniano cabe a este órgão.

O escritor brasileiro revelou neste domingo em seu blog que o governo do Irã proibiu a publicação de todos seus livros em uma decisão do Ministério da Cultura que levou em conta "as Diretrizes Islâmicas".

Coelho lembrou que seus livros vinham sendo publicados no Irã desde 1998 por diferentes editoras, embora apenas uma seja oficial, a Caravan Books, e que vendeu até o momento 6 milhões de exemplares no país.

"Uma decisão arbitrária após 12 anos da publicação no país só pode ser um mal-entendido", argumentou o escritor de "O Alquimista" na publicação na internet.

O autor brasileiro mais lido no mundo disse esperar que o "mal-entendido" se resolva "durante esta semana" e afirmou que acredita poder contar com o apoio do Governo brasileiro, como foi confirmado nesta segunda-feira pela ministra.