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"Guerra e Paz" de Portinari volta ao Brasil para exposição e restauração

Operários trabalham na montagem do painel Guerra, da obra de arte em duas telas de Cândido Portinari, "Guerra e Paz", no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ) (15/12/2010) - Rafael Andrade/Folhapress
Operários trabalham na montagem do painel Guerra, da obra de arte em duas telas de Cândido Portinari, "Guerra e Paz", no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ) (15/12/2010) Imagem: Rafael Andrade/Folhapress

22/12/2010 20h11

Rio de Janeiro, 22 dez (EFE).- Os murais "Guerra e Paz", do pintor brasileiro Cândido Portinari, exibidos há mais de meio século na sede da ONU em Nova York, estão em exposição a partir desta quarta-feira no Rio de Janeiro, onde serão restaurados antes de serem devolvidos ao organismo internacional.

A obra, composta por 28 painéis de madeira de 2,2 metros de altura por 5 de comprimento, permanecerá no Brasil até 2013 graças a um acordo entre o Projeto Portinari, o Governo brasileiro e a ONU.

Os murais, considerados a "estreia" de Portinari (1903-1962) ficarão expostos até o próximo dia 30 de dezembro no Teatro Municipal carioca e em janeiro serão levados para o Palácio Gustavo Capanema, onde serão restaurados em uma oficina aberta que também poderá ser visitada pelo público até maio do próximo ano.

Quando o restauro for concluído, os murais serão exibidos em São Paulo e em outras cidades do Brasil e do mundo até 2013, quando serão devolvidos à ONU, segundo a Fundação Portinari.

Além de Rio e São Paulo, os painéis serão expostos no Grand Palais de Paris, no Museu da Paz de Hiroshima (Japão), no CERN de Genebra (Suíça), no City Hall de Oslo e no Moma de Nova York.

O Teatro Municipal foi escolhido para a primeira exposição porque foi o local onde Portinari mostrou a obra pela primeira vez ao público brasileiro, em 1956, antes de sua instalação no hall de entrada da Assembleia Geral das Nações Unidas no ano seguinte.

Os painéis foram encomendados em 1952 pelo Governo brasileiro como um presente para a sede da ONU em Nova York, e foram classificados pelo então secretário-geral da organização, o sueco Dag Hammarskjöld, como "a mais importante obra de arte monumental" doada às Nações Unidas.