Topo

Tidal, do rapper Jay-Z, é investigado por fraude na Noruega

O rapper e empresário do ramo da música Jay-Z - Jamie McCarthy/Getty Images
O rapper e empresário do ramo da música Jay-Z Imagem: Jamie McCarthy/Getty Images

Sveinung Sleire

14/01/2019 12h00

Tidal, um serviço de streaming de música e vídeo por assinatura que pertence ao rapper Jay-Z, está sendo investigado na Noruega porque foi acusado de inflacionar falsamente os números de audiência.

As investigações seguem-se a reportagens do jornal norueguês Dagens Næringsliv, segundo as quais o serviço de streaming de música inflacionou seus números de audiência de artistas como Beyoncé e Kanye West.

O Tidal está sendo investigado pela Autoridade Norueguesa de Investigação de Crimes Econômicos e Ambientais (Okokrim), que recebeu denúncias de associações de artistas da Noruega que alegam perda potencial de receita devido à manipulação dos dados de streaming.

"Segundo a cobertura da imprensa, os relatos estão relacionados com o serviço de streaming Tidal e com a suspeita de que alguém tenha manipulado o número de reproduções de algumas músicas", disse Elisabeth Harbo-Lervik, advogada da Okokrim, em comentários enviados por email.

A Okokrim infomou que iniciou uma investigação para confirmar ou negar a suposta manipulação, de acordo com Harbo-Lervik, e preferiu não dar mais detalhes sobre a investigação.

O advogado do Tidal, Fredrik Berg, da Fend, um escritório de advocacia com sede em Oslo, disse que o Tidal não é suspeito nem acusado. Berg preferiu não fazer mais comentários.

Jay-Z adquiriu o Tidal em 2014, em uma transação de US$ 56 milhões, para dar a seus pares uma parcela maior dos lucros dos serviços de streaming, que agora respondem por mais da metade de todas as vendas da indústria fonográfica dos EUA. Durante uma apresentação em 2015, ele apresentou colegas artistas como Rihanna e Alicia Keys como coproprietárias.

Os serviços não conseguiram competir com plataformas como Spotify Technology e Apple Music. Em 2017, a Sprint adquiriu uma participação de 33%, após relatos de que o Tidal conversava com a Apple sobre uma venda, de acordo com The Wall Street Journal.

Em 2015, um ano depois de comprar o Tidal, Jay-Z enviou uma carta ao proprietário anterior, a empresa de mídia norueguesa Schibsted, acusando o vendedor de ter exagerado o número de assinantes no momento do acordo.