A avalanche de críticas ao escritor francês que considera mulheres de 50 anos "velhas demais"
Um escritor francês vem sendo criticado por ter declarado que seria "incapaz" de amar uma mulher que tivesse 50 anos ou mais de idade. Yann Moix, que tem 50 anos, afirmou à revista "Marie Claire" que achava que as mulheres nesta faixa etária eram "velhas demais".
"Eu prefiro o corpo de uma mulher mais jovem, é isso. Ponto. O corpo de uma mulher de 25 anos é extraordinário. O corpo de uma mulher de 50 anos não é de forma alguma extraordinário", disse.
Os comentários desencadearam uma onda de repercussões negativas nas redes sociais. Marina Foïs, uma comediante francesa, brincou no Twitter que, por estar prestes a completar 49 anos, só teria "um ano e 14 dias" para dormir com o escritor.
Um usuário da rede social zombou da situação afirmando que as mulheres com mais de 50 anos provavelmente estavam "suspirando de alívio" diante das declarações do autor. Outro ironizou: "Será que as mulheres com mais de 50 também podem virar invisíveis pra você, por favor?".
Em outras redes sociais, mulheres mais velhas postaram imagens exibindo o corpo como forma de protesto. A jornalista Colombe Schneck publicou (e posteriormente deletou) uma foto de seu bumbum com a legenda: "Voilà, as nádegas de uma mulher de 52 anos? Que imbecil você é, não sabe o que está perdendo".
Outros compartilharam imagens de celebridades de Hollywood com idade próxima de 50 anos, como as atrizes Halle Berry e Jennifer Aniston, para refutar os comentários.
Anne Roumanoff, outra comediante francesa, criticou Moix na rádio Europe 1 ressaltando que romance não se tratava "apenas da firmeza das nádegas", mas de uma conexão entre duas pessoas. "Espero que um dia ele saiba o que é essa felicidade", ela acrescentou.
Histórico de controvérsias
Moix é apresentador, diretor e escritor premiado conhecido pelos comentários polêmicos e controversos. A entrevista dele à "Marie Claire" gerou críticas não apenas pelas declarações a respeito das mulheres mais velhas, mas também por uma observação sobre suas preferências por mulheres asiáticas --mais especificamente, "coreanas, chinesas e japonesas", como ressaltou.
"É provavelmente triste e reducionista para as mulheres com quem eu saio, mas o biótipo asiático é suficientemente rico, variado e infindável para que eu não me sinta constrangido."
Respondendo à enxurrada de críticas, ele disse à rádio RTL que não era "responsável" por suas preferências quando o assunto era mulher. "Eu gosto de quem gosto e não preciso dar satisfação ao 'tribunal das preferências'", ele afirmou, antes de brincar que provavelmente não era o melhor partido do mundo.
"As mulheres de 50 anos também não olham para mim", disse à emissora. "Elas têm coisa melhor pra fazer do que andar com um neurótico que passa o dia inteiro escrevendo e lendo. Não é fácil ficar comigo."
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