O artista que usa o corpo para pintar após perder os braços: 'Se os oferecessem de volta, eu não aceitaria'
Seok Chang-woo perdeu dois braços em um acidente. Então, ele começou a pintar.
Há trinta anos, o coreano era um engenheiro elétrico. Sua carreira foi interrompida quando ele foi eletrocutado. O choque tinha potência de mais de 20 mil volts.
Como consequência, seus dois braços e dois dedos de um pé foram amputados.
Ele não imaginava que depois disso viraria um artista.
“Meu filho nasceu seis semanas antes do meu acidente. Não pude fazer nada por ele”, conta. “Um dia, ele pediu que eu fizesse um desenho. Desenhei alguns animais.
Comecei com um pássaro. As pessoas em volta viram e disseram que era muito bom. Então eu comecei a desenhar. Naquela época, eu estava desesperado para fazer algo pelo meu filho. Aquele desespero me fez desenhar melhor.”
Seok Chang-woo lembra que quando se inscreveu em uma escola de artes, o professor veio lhe dizer que nunca havia dado aulas para uma pessoa sem braços.
“Eu pedi que ele me ensinasse até eu desistir”, diz. O professor concordou.
Agora, Seok é um pintor renomado. Teve seu trabalho exibido nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2014.
“Se alguém me oferecesse meus braços de volta, eu não os iria querer”, afirma. “Gosto de como as coisas são agora. Gosto de fazer arte assim e me sinto satisfeito.”
“Pessoas que sofrem acidentes tendem a prender-se ao passado. Mas o passado e o que resta dele não são mais úteis. É preciso encarar o presente e aceitar a realidade. Não importa o que eu fiz antes. Não é importante. É preciso pensar no que se pode fazer de agora em diante.”
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