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O artista de 4 anos que já vende quadros por milhares de dólares

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Imagem: BBC

Da BBC

02/07/2018 11h44

Advait Kolarkar tem apenas quatro anos e já entrou para o livro dos recordes: se tornou o mais jovem artista a participar da feira Art Expo de Nova York.
O menino que nasceu em Pune, na Índia, e agora vive em New Brunswick, no Canadá, pegou em um pincel pela primeira vez quando tinha apena oito meses, segundo seus pais.

Com um ano, conta sua mãe, a artista visual Shruti Kolarkar, ele fez suas primeiras composições abstratas no chão, usando as tintas das irmã mais velha.

“Era como mágica, não conseguíamos acreditar que ele estava criando aquelas composições. Ele tinha uma direção, uma intenção. Sabia exatamente aonde queria chegar”, diz ela à BBC.

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A partir de então, Shruti e o marido, o engenheiro Amit, passaram a incentivar que o menino pintasse.

Quando ele tinha dois anos, fez sua primeira exposição individual na Índia – foram 30 obras.

Agora, já morando no Canadá, Advait continua pintando e expondo.

Suas telas já foram vendidas por mais de US$ 2,8 mil e, em abril, ele participou da Art Expo em Nova York, ao lado de nomes consagrados das artes.

“Tudo o que ele faz é obra de sua imaginação. Queremos que seja assim sempre”, afirma o pai.

Consistência

A artista abstrata Sandra Altwerger elogia a consistência da produção de Advait.

“A maioria das crianças só veriam algumas cores e as misturariam e fariam uma grande sujeira, aquela típica pintura de dedo. A pintura de Advait é diferente. Esta criança está muito entretida planejando o que está fazendo, e isso não é comum”, diz ela à BBC.

Mas o que o futuro reserva para um artista consagrado ainda tão jovem?

Segundo Altwerger, não dá para prever se Advait continuará no caminho da arte.

“Já vi muita gente jovem talentosa perder o interesse depois. Ou entram no mundo da arte, passam a participar de exposições e não querem fazer parte daquilo.”

A mãe do menino conta que, além da pintura, ele adora ler e brincar com dinossauros.

Ela e o marido dizem que respeitarão a vontade do filho em relação a seguir ou não pintando.

“Se ele estiver se sentindo bem na escola normal e puder continuar pintando, ele continuará. Só queremos saber o que o faz feliz.”