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Internet "discada" e mais: museu online disponibiliza "sons em extinção"

Brendan Chilcutt, geek que vive nos EUA, montou página com arquivos em áudio de sons de aparelhos que já não são mais usados - mas fizeram parte do dia a dia de muita gente - Reprodução
Brendan Chilcutt, geek que vive nos EUA, montou página com arquivos em áudio de sons de aparelhos que já não são mais usados - mas fizeram parte do dia a dia de muita gente Imagem: Reprodução

11/02/2016 11h58

É bem possível que todos os adultos ainda se lembrem do som feito por Pac-Man, ou ainda do primeiro toque dos celulares Nokia. Mas quanto tempo passará até que estes sons sejam esquecidos?

Brendan Chilcutt, um geek que vive no Tennessee, nos Estados Unidos, está decidido a evitar que isso ocorra.

Por isso, criou um museu virtual de sons que fizeram história, batizado Museu dos Sons em Perigo.

"Imagine um mundo em que você nunca possa ouvir o som do Windows 95 sendo inicializado", escreve Chilcutt em sua página na internet.

Ele reconhece que a tecnologia avança dia a dia e que é inevitável que novos aparelhos eletrônicos façam os antigos serem esquecidos.

"Quando todos adotarem aparelhos com interfaces táteis silenciosas, onde encontraremos o som?", questiona.

Alguns aparelhos com sons disponibilizados pelo "Museu dos Sons em Perigo" - Reprodução - Reprodução
Alguns aparelhos com sons disponibilizados pelo "Museu dos Sons em Perigo"
Imagem: Reprodução

Perguntas como essa levaram Chillcutt a idealizar, em 2012, um plano de 10 anos para reunir todos os sons de que gosta.

Aparelho de vídeo e caixa registradora

Alguns desses sons "pré-históricos" já foram disponibilizados na página do museu. Ouça aqui.

Entre eles, estão sons de:

  • Caixa registradora
  • Câmera Olympus Trip 35
  • Máquina de escrever
  • Nintendo 64
  • Fax
  • Pac-Man
  • Tamagotchi
  • Internet discada

Um dos sons favoritos de Chillcutt é o ruído mecânico da operação de uma fita de vídeo VHS sendo "engolido" pelo videocassete, especificamente o modelo HR-7100 da JVC, lançado em 1983.

"É um som maravilhosamente complexo. Mas, com o streaming tornando-se cada vez mais comum, é muito provável que o mundo não volte a escutar as máquinas antigas como a HR-7100".