Mostra destaca período em que Da Vinci era pintor assalariado
A National Gallery, em Londres, abre nesta quarta-feira ao público a maior exposição de arte de Leonardo Da Vinci já realizada.
Foram necessários cinco anos de negociações e diplomacia para conseguir reunir as mais de 60 pinturas e desenhos do gênio renascentista, assim como obras feitas por discípulos e colaboradores.
"Os quadros estavam espalhados por mais de 20 cidades em 10 diferentes países, desde a Rússia aos Estados Unidos, passando pelo Vaticano", disse à BBC o curador da exposição Luke Syson.
Das 15 pinturas do artista que sobreviveram aos séculos, nove fazem parte da mostra.
A exibição "Leonardo da Vinci: Pintor na Corte de Milão" se concentra no período entre 1482 e 1499, quando ele trabalhava como artista assalariado para o Duque Ludovico Sforza.
Nesta época, Da Vinci pintou algumas de suas obras mais celebradas, como as duas versões da "Virgem das Rochas", que serão vistas pela primeira vez lado a lado graças a um empréstimo do Louvre.
O artista também pintou um trio de retratos que revolucionou o gênero, entre eles o único que ele fez de um homem: o "Retrato de um Músico".
A "Belle Ferronnière" pode ser um retrato da duquesa ou de uma das amantes do Duque de Milão e o mais elogiado dos três, "Dama com Arminho", traz a amante de Ludovico Cecilia Gallerani, conhecida por sua beleza e inteligência.
Mais de 50 desenhos relacionados às pinturas estão sendo exibidos pela primeira vez, entre eles 33 esboços da coleção real.
Os diversos desenhos de Da Vinci pertencentes à Rainha Elizabeth 2ª foram provavelmente comprados durante o reinado de Charles 2º, mas só foram descobertos, por acaso, em 1778.
O escritor Charles Rogers escreveu: "O senhor Dalton felizmente encontrou o álbum de desenhos no fundo de um baú no começo do reinado da atual majestade (George 3º)".
Os bilhetes estão sendo vendidos com hora marcada e os organizadores recomendam que a compra seja feita com antecedência devido à alta procura.
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