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Quadrinhos digitais ganham cada vez mais terreno nos EUA, com empresas como a Offset

Capa do primeiro número de "Deathface", homenagem aos heróis de ação cinematográficos dos anos 1980 - Reprodução
Capa do primeiro número de "Deathface", homenagem aos heróis de ação cinematográficos dos anos 1980 Imagem: Reprodução

Matt Moore

12/10/2012 20h05

Offset é mais do que apenas quadrinhos, é um laboratório. É por isso, diz o chefe Ivan Brandon,  que ele vê o empreendimento como mais um "experimento, gigante amorfo", que aborda histórias de uma "perspectiva cem porcento criativa" e descarta as regras tradicionais e logísticas de entretenimento.

"Quando crianças temos uma enorme reserva de talento e ambição que nós permitimos que o mundo conheça", disse esta semana, antes do início da Comic Con Nova York, o criador do "Viking" e escritor de histórias em quadrinhos. "Com o tempo, nós nos tornamos cada vez menos ambiciosos."

Graças à proliferação dos quadrinhos digitais, as pessoas - sejam leitores, criadores, fãs de quadrinhos ou outros - já não têm de se preocupar com regras como restringir uma hist[oria a 22 páginas ou um certo número de cores ou até mesmo o tamanho da página de desenho.

"As pessoas não têm todos esses obstáculos, não têm todas essas as regras", disse Brandon. "Essa é a nossa inspiração. Queremos ficar de fora de todos esses velhos hábitos e regras antigas."

É por isso que Brandon, que escreveu para a Marvel e DC, criou a Offset Comics no início deste ano. Em vez de histórias publicação com base no tamanho de papel e custos de publicação, a Offset toma decisões baseadas menos em "como sempre foi feito, mas sim como gostaríamos de fazer isso."

A marca fez sua estréia oficial nesta quinta (11) na convenção anual, divulgando três ofertas - "Destroy", ''Doublecross" e "Deathface", com mais no horizonte.

"É a nossa primeira convenção oficial como editores, é a nossa cidade natal ... até agora tem sido eu, com um iPad tendo conversas particulares com as pessoas", disse Brandon.

"Destroyer" explora o que acontece após o fim do mundo e é desenho por Eric Canete. "Doublecross", escrita e desenhada por Daniel Krall, centra-se em personagens que mantiveram as sombras à distância até as sombras fazerem uma oferta melhor.

"Deathface" é uma homenagem aos heróis de ação cinematográficos dos anos 1980, mas com uma reviravolta. "Em 1987, os seus inimigos jogaram-no em uma ilha. Ele não morreu e ele não mudou", disse Brandon. "Em 2012, ele escapou. É a nossa desculpa para fazer uma história na linha de 'Comando' ou 'Predator' ou 'Rambo' ou qualquer uma dessas histórias gloriosas que adorávamos quando éramos crianças."