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Pompeia recebe exposição inédita de peças arqueológicas roubadas

Peças arqueológicas roubadas na Itália são tema de exposição em Pompeia - Ansa
Peças arqueológicas roubadas na Itália são tema de exposição em Pompeia Imagem: Ansa

De Pompeia (Itália)

20/12/2016 20h56

Inúmeras peças de grande valor arqueológico, do século 4 a.C até a época romana, que haviam sido roubadas, mas que foram recuperadas pela polícia italiana, já podem ser vistas novamente no espaço Antiquarium das ruínas de Pompeia, na Itália.

Com o nome "O Corpo de Delito", a exposição, que acontece até agosto de 2017, reúne 170 peças que representam apenas uma pequena parte de todos os bens de arte que foram roubados nos últimos 50 anos por ladrões no país europeu.

Os objetos que compõem a exposição são cerâmicas, jarros, ânforas, estátuas, ex-votos e até falsificações arqueológicas que até pouco tempo continuavam a juntar pó nos depósitos de Pompeia e a não serem consideradas obras importantes artística, arqueológica e historicamente.

Além disso, junto às peças foram colocados os nomes dos ladrões que as roubaram ou os dos traficantes que as colocaram no mercado internacional, que por anos foram "protegidos" pelo anonimato.

Alguns desses objetos já haviam sido comprados por grandes museus ao redor do mundo, como o Getty, em Los Angeles, e o Metropolitan de Nova York. Muitos deles, aliás, sabiam que os itens tinham uma proveniência ilegal, mas não reportaram isso à polícia.

Para evitar que essa prática continuasse a ser realizada, na última década entrou em vigor uma legislação que obriga os museus e colecionadores particulares de todo o mundo a devolverem as peças adquiridas de forma ilegal ou que não contam com um certificado de origem ou uma permissão de exportação.

Os itens poderão ser conhecidos e admirados pelos milhões de visitantes que devem passar pelo sítio arqueológico, o segundo lugar mais visitado da Itália atrás apenas do Coliseu, até agosto do ano que vem.