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Rascunho "perdido" de "Cem Anos de Solidão" é encontrado no México

Capa da edição brasileira do livro "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez - Reprodução
Capa da edição brasileira do livro "Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez Imagem: Reprodução

Cidade do México

17/04/2015 15h53

Exatamente um ano após a morte do Nobel de Literatura colombiano Gabriel García Márquez, foi revelado o paradeiro do único rascunho existente da primeira versão de seu best-seller  "Cem Anos de Solidão". 

Foram achados no México, país onde o escritor morou em seus últimos anos de vida, os originais da primeira versão impressa do romance, que se passa na fictícia cidade de Macondo, inspirada na cidade natal do colombiano, Aracataca.   

O texto, que até então acreditava-se estar perdido, contém mais de cem correções feitas de próprio punho por Gabo, como o escritor era conhecido por seus amigos.   

O artefato havia sido presenteado ao diretor hispano-mexicano Luis Alcoriza, colaborador de Luiz Buñuel, e sua esposa Janet.   

O texto foi herdado, após a morte de Alcoriza, em 1992, pelo produtor Joaquín Delgado, que cuidou do casal em seus últimos anos de vida, e foi colocado a leilão em 2001 pela quantia de US$ 1 milhão.   

Não se sabe o motivo, mas nenhum lance chegou ao mínimo, nem mesmo o do governo colombiano, que alegou "falta de fundos". No ano seguinte, outra tentativa de venda fracassou e o objeto permaneceu nas mãos do produtor.   

Os rascunhos "não estão perdidos, mas ninguém me procurou" para perguntar deles, disse Delgado em uma entrevista publicada nesta sexta (17) no jornal mexicano "Reforma".   

Com a saúde debilitada, Gabo morreu em 17 de abril de 2014 na Cidade do México.