Polícia japonesa prende suspeito de ataques a obra de Anne Frank
A polícia de Tóquio está investigando se um homem detido após admitir ter destruído livros das bibliotecas da cidade está envolvido na destruição de cópias do "Diário de Anne Frank" e outros volumes relacionados ao Holocausto.
A polícia prendeu o homem de 30 anos, desempregado, na sexta-feira passada, sob a acusação de entrada ilegal em uma loja de livros em Tóquio, onde ele distribuía panfletos sem permissão.
Os investigadores disseram que o suspeito admitiu a destruição de páginas de livros em algumas bibliotecas, mas ainda não está claro o seu possível papel nos ataques contra livros sobre Holocausto. A polícia apontou que suas ações são "em parte incompreensíveis".
Obras relacionadas ao Holocausto foram encontradas destruídas em 38 bibliotecas públicas espalhadas por oito das 23 regiões da capital japonesa. Os funcionários destes locais relataram que as páginas, pelo menos 30% do texto, dos livros foram arrancadas à mão ou cortadas com uma faca.
A Polícia metropolitana de Tóquio criou recentemente uma força tarefa para investigar a série de atos de vandalismo que têm sido registrados contra exemplares do livro.
Centenas de cópias do livro "O Diário de Anne Frank" e outras publicações de tema semelhante foram rasgadas em diversas bibliotecas de Tóquio, no Japão, desde janeiro deste ano.
Anne Frank escreveu seu diário durante os dois anos em que sua família se escondeu dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Ela tinha 15 anos quando morreu em um campo de concentração em 1945. Seu pai sobreviveu e publicou o diário, que se tornou um dos relatos mais lido sobre o Holocausto.
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