Pesquisadores querem encontrar restos mortais de Cervantes até 2016
Pesquisadores espanhóis estão com um projeto para reencontrar os restos mortais de Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote de la Mancha. A busca quer encontrar os ossos até 2016, quando serão completos 400 anos da morte do "pai da língua espanhola".
A missão científica já estava sendo elaborada há quatro anos e é coordenada por Fernando de Prada, com apoio do município de Madri e da Academia Real Espanhola. As buscas se concentrarão no Convento das Trinitárias, onde o escritor manifestou desejo de ser sepultado. No local, segundo algumas fontes, vivia sua filha que se tornou monja.
Essa não é a primeira vez que uma equipe tenta encontrar os ossos de Cervantes. Outras expedições tentaram achar os restos mortais durante o século 20, mas todas falharam. De acordo com Prada, "a busca não será fácil porque, ao passarem os séculos, o túmulo pode ter sido murado ou destruído por culpa de restaurações, guerras ou saques". Outro problema, segundo ele, é que "os ossos podem estar misturados ao de outras pessoas que foram sepultadas no mesmo local".
Para encontrar o esqueleto de Cervantes - e diferenciá-lo de outros restos mortais - será utilizada tecnologia de ponta. O equipamento que será utilizado identifica não só as partes do esqueleto como as causas da morte. O que as equipes sabem sobre a morte do escritor também será utilizado na busca e para auxiliar o equipamento eletrônico: Cervantes morreu aos 69 anos, idade avançada para a época, foi ferido no peito e, durante a Batalha de Lepanto, pela Liga Santa contra os turcos, foi ferido e teve o braço esquerdo paralisado. Na primeira parte da busca, serão feitas as sondagens tecnológicas e a segunda etapa será focada na escavação de restos mortais.
Além de documentos sobre o possível sepultamento no local, os pesquisadores também se baseiam na documentação que aponta que o escritor foi enterrado com um crucifixo de madeira no peito e dentro de um pequeno caixão.
Encontrar os restos mortais de Cervantes é uma questão de honra, que além dele, tenta encontrar os ossos do pintor Diego Velazquez,do dramaturgo e poeta Pedro Calderón de la Barca e do também poeta Félix Lopez de Vega.
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