Especialistas analisam DNA de provável "Mona Lisa"
A tumba dos familiares de Lisa Gherardini, que seria a mulher usada como modelo por Leonardo da Vinci para pintar o quadro "Mona Lisa", será aberta nesta sexta-feira (9) para retirada de material genético. Especialistas pretendem verificar se os restos mortais encontrados em escavações em Florença seriam de Lisa Gherardini.
Para isso, irão recolher materiais genéticos da família Gherardini. Na tumba, estão os corpos do marido de Lisa, Francesco di Bartolomeu Del Giocondo, e de seus dois filhos.
O exame do DNA é o momento chave da pesquisa sobre os restos mortais de Mona Lisa, que começou há dois anos junto com as escavações realizadas pela Província de Florença no ex-convento de Sant Úrsula. Segundo os especialistas, Lisa Gherardini morreu em 15 de julho de 1542.
"O encontro dos restos mortais da família de Lisa Gherardini é fundamental porque permitiria uma comparação entre o DNA retirado nos últimos meses dos restos de Sant'Orsola com os que serão retirados hoje", explicou Silvano Vincenti, responsável pela pesquisa e pelo Comitê Nacional para a Valorização dos Bens Históricos Culturais e Ambientais da Itália.
Arqueólogos trabalham na tumba da família de Lisa Gherardini Del Giocondo
Restos mortais
Arqueólogos italianos encontraram, em julho de 2012, no convento de Santa Úrsula, situado na cidade de Florença, um altar que possivelmente pode abrigar os restos mortais de Lisa Gherardini, a famosa "Mona Lisa".
A ossada estava em uma sepultura em terra, algo comum entre as freiras franciscanas que habitavam o convento, mas não entre os nobres, que tinham sepulcros mais luxuosos.
Para a arqueóloga Valeria D'Aquino, que faz parte da equipe que revelou o descobrimento do altar - datado entre finais do século XV e o século XVI -, "seguramente este altar era usado nos tempos de Lisa Gherardini", que morreu no dia 15 de julho de 1542 nesta mesma cidade toscana.
Segundo o presidente do Comitê de Valorização de Bens Históricos, Silvano Vicente, a "Mona Lisa" e a nobre María do Riccio são as únicas mulheres alheias ao convento que foram enterradas ali nessa época e, por isso, os arqueólogos devem estudar atentamente os restos mortais encontrados no lugar.
*com informações da agência EFE
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