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Fernado Botero diz que 'anjo' lhe pediu para doar coleções a museu

Fernando Botero em inauguração de exposição em Vigo, na Espanha (11/11/08) - EFE
Fernando Botero em inauguração de exposição em Vigo, na Espanha (11/11/08) Imagem: EFE

Bogotá

11/04/2012 18h42

O pintor colombiano Fernando Botero, de 79 anos, um dos artistas mais famosos da atualidade da América Latina, revelou em uma entrevista recente à imprensa local que a doação de sua coleção "Via Crucis: a Paixão de Cristo" ao Museu de Antioquia, em Medellín, ocorreu após um sonho em que um anjo lhe pedia isso.

Há anos, o artista doa suas obras e suas coleções pessoais para o museu colombiano, mas, segundo ele, essa foi a primeira vez que foi motivado por uma inspiração onírica. Botero conta que entregou dezenas de quatros à óleo, esculturas e desenhos, mas que o anjo teria lhe dito que a condição para a doação era que as obras pudessem ser vistas gratuitamente, ao menos em Bogotá.

Em uma entrevista à revista Semana, ele repassa sua história, sua formação e sua obra, que se contrapôs à pintura abstrata e retratou prostitutas, toureiros, sacerdotes, sempre com temas políticos, sobre o ego, seu desgosto pela arte contemporânea e seus recentes sonhos com anjos, além da morte, que se tornou um dos seus temas mais recorrentes.

O pintor, que completa 80 anos em 19 de abril, afirma que ainda trabalha com a mesma energia de que quando tinha 40 anos. Talvez, reflete ele, "porque se percebe a proximidade da morte".