Responsável por mostra dedicada a Caravaggio 'cética' em relação a suposta descoberta

ROMA, 18 JUL (ANSA) - A idealizadora das homenagens ao pintor Caravaggio em Roma, Rosella Vodret, demonstrou hoje ceticismo ao ser questionada a respeito da suposta descoberta de uma obra do italiano na capital do país.

 

A descoberta, reportada ontem pelo jornal do Vaticano L'Osservatore Romano, causou certo furor por ter sido anunciada um dia antes do quarto centenário da morte do artista.

 

"Seguramente é uma descoberta interessante, mas estou cada vez mais convencida de que se trataria de um seguidor de Caravaggio. Mas iremos verificar", apontou Vodret.

 

Sobre as atividades que recordam e homenageiam o pintor italiano, Vodret comemorou o interesse do público. Segundo ela, 20.000 apreciadores encontravam-se nas filas na noite de ontem.

 

Os espectadores esperavam para ingressar na Galleria Borghese e nas igrejas de Santa Maria do Povo, Santo Agostino e São Luis dos Franceses, onde há itinerários especiais dedicados às obras do italiano.

 

"Na Galleria Borghese, pessoas ficaram na fila por três horas e meia, até às 3h, o mesmo ocorreu em frente às igrejas. É algo muito belo, principalmente porque conseguimos criar momentos de entretenimento graças aos artistas de rua", contou Vodret.

 

Além da exposição das obras de Caravaggio, neste ano a Itália exibe ainda os restos mortais do pintor. Desde o início do mês, a exposição está em cartaz na Toscana, onde o italiano poderia ter falecido, já que sua morte é envolta em mistérios.

 

Michelangelo Merisi, o Caravaggio, viveu entre os anos de 1571 e 1610, e ficou conhecido pelo uso dramático da luz e por utilizar personagens comuns em cenas religiosas e mitológicas, entre outras características de sua pintura barroca.

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