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Crivella mantém corte, mas escolas garantem carnaval no RJ em 2018

27.fev.2017 - A Estação Primeira de Mangueira encerrou o desfile do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro, na Marquês de Sapucaí - Douglas Shneider/UOL
27.fev.2017 - A Estação Primeira de Mangueira encerrou o desfile do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro, na Marquês de Sapucaí Imagem: Douglas Shneider/UOL

Roberta Pennafort

28/06/2017 15h04

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), anunciou às escolas de samba do Grupo Especial que manterá a redução da subvenção de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão, mas, ainda assim, as agremiações concordaram em desfilar em 2018. Desde o anúncio da diminuição da verba, dirigentes ameaçavam não sair no próximo carnaval.

Crivella se reuniu na manhã desta quarta-feira (28), em seu gabinete, com o presidente da Liga das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, e com os presidentes das 13 escolas do Grupo Especial.

O prefeito reafirmou que dará apenas metade da atual subvenção a cada uma e prometeu repassar a verba até o fim do ano. O prefeito também disse que "vai se empenhar ao máximo para conseguir mais verbas com a iniciativa privada".

"Vou lutar muito para conseguir os recursos para o carnaval. Hoje, demos o primeiro passo para um acordo. Fundamos o bloco 'É conversando que a gente se entende'", disse Crivella, ao lado do presidente da Riotur, Marcelo Alves.

Ele marcou uma nova reunião na próxima segunda-feira (3), para continuar a conversa. A prefeitura informou que o encontro se deu "em clima amistoso e bem-humorado" e que o Crivella listou os investimentos no sambódromo, como a substituição da iluminação para lâmpadas de LED, a instalação de telões e reparos necessários para 2018, como a reforma de 36 banheiros e dos assentos das arquibancadas - o que custará R$ 1,1 milhão.

Na reunião, a secretária municipal de Fazenda, Maria Eduarda Gouvêa Berto, apresentou números e citou o déficit no orçamento municipal, de R$ 3,8 bilhões.

O presidente da Riotur, por sua vez, destacou que pretende aumentar o lucro municipal com os desfiles, comparando o Carnaval ao Rock in Rio, festival realizado em setembro.

"O desfile das escolas de samba precisa se atualizar num grande projeto de marketing. As grandes marcas querem estar no carnaval", disse Alves. "A festa na Sapucaí tem 10 vezes mais potencial de faturamento do que o Rock in Rio. Temos que buscar juntos uma solução."

Castanheira deixou a reunião dizendo que está otimista e que ainda está sendo construída uma solução que não penalize as escolas. Ele assegurou que o carnaval não perderá em brilho.

Com o presidente da Liesa estavam dirigentes da Imperatriz Leopoldinense, Unidos da Tijuca, Mangueira, Portela, Vila Isabel, Império Serrano, Grande Rio, Salgueiro, São Clemente, Paraíso do Tuiuti, Beija-Flor, União da Ilha e Mocidade.