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Corte em Carnaval não é motivo para polêmica, diz Riotur

A Mangueira encerrou o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro em 2017 - Douglas Shneider/UOL
A Mangueira encerrou o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro em 2017 Imagem: Douglas Shneider/UOL

Roberta Pennafort

Do Rio de Janeiro

16/06/2017 13h03

A Riotur, órgão da prefeitura do Rio responsável pela realização dos desfiles das escolas de samba, divulgou um comunicado nesta sexta-feira, 16, afirmando que "não existe motivo para polêmica" quanto ao corte, para 2018, de R$ 1 milhão na subvenção municipal destinada a cada uma das 13 escolas atualmente no Grupo Especial do carnaval. "O carnaval do Rio está garantido e vai continuar sendo o maior espetáculo do planeta", diz a nota.

A justificativa para a redução é a crise financeira, e a alegação do prefeito, Marcelo Crivella (PRB), de que o dinheiro seria investido em creches municipais - discurso que está sendo considerado demagógico por representantes das escolas. Eles ainda tentam negociar com Crivella.

Para a tarde de sábado, 17, está marcado um protesto contra a decisão, em frente à prefeitura, no centro do Rio.

"A Riotur esclarece que o remanejamento de uma parte da verba destinada às escolas de samba do Grupo Especial não significa que o município deixará de apoiar os desfiles promovidos pelas agremiações (...) A revisão de custos e a redução de gastos também foram adotadas em todos os órgãos e contratos da estrutura direta e indireta da administração municipal", diz a nota.

"Diante da crise, deve-se priorizar o que é essencial e nesse momento aplicar recursos na educação e na alimentação das crianças nas creches é primordial", afirma o comunicado, que ressalta que a prefeitura "reconhece" a importância da "maior festa popular do mundo", que faz da cidade do Rio de Janeiro um dos principais destinos turísticos no período, gerando emprego e renda para a população.

A Riotur disse estudar o desenvolvimento de mecanismos para que sejam captados investimentos da iniciativa privada. "O lançamento de um caderno de encargos, como já é feito para o desfile de blocos que fazem parte da programação do Carnaval de rua, está sendo avaliado."