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A Cher quis ser voluntária nos Correios dos EUA -- mas eles a rejeitaram

A cantora Cher tentou se voluntariar para os Correios, mas não rolou... - Hannah McKay/Reuters
A cantora Cher tentou se voluntariar para os Correios, mas não rolou... Imagem: Hannah McKay/Reuters

De Los Angeles

19/08/2020 22h41

Ela só queria ajudar, gente! A cantora Cher se ofereceu nesta semana como voluntária no serviço de Correios dos Estados Unidos, centro de um conflito político para as eleições presidenciais, mas um gerente local rejeitou a proposta.

A estrela pop estava preocupada diante dos fortes ataques do presidente dos EUA, Donald Trump, contra a instituição, e ligou para duas agências próximas de sua casa em Malibu, na Califórnia. Em uma delas, foi conectada a um supervisor.

Eu falei: 'olá, sou Cher e gostaria de saber se aceitam voluntários'. Uma moça disse que não sabia, e me transferiu para o seu supervisor. Eu disse novamente quem eu era e perguntei se eles aceitavam voluntários. Mas ele disse: 'Não, é necessário uma checagem de impressões digitais e dos antecedentes penais'."
- Cher conta o que aconteceu quando ligou para agência dos Correios

Pelo relato de Cher, o gerente não acreditou que estava falando com a cantora, dona de hits como "If I Could Turn Back Time" e "Believe", que já vendeu mais de 100 milhões de discos ao redor do mundo.

À agência AFP, um porta-voz do USPS (Serviço Postal dos Estados Unidos, na sigla em inglês) disse que a instituição não costuma aceitar voluntários. Os representantes de Cher não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

O ataque aos Correios nos EUA

Trump disputa seu segundo mandato no pleito do dia 3 de novembro - Reuters - Reuters
Trump disputa seu segundo mandato no pleito do dia 3 de novembro
Imagem: Reuters

O USPS se viu envolvido em uma polêmica política após Trump — que está atrás do candidato democrata Joe Biden nas pesquisas eleitorais para presidente — colocar em dúvida a confiabilidade da votação por correio em meio à pandemia da covid-19.

O novo chefe dos correios, Louis DeJoy, um aliado de Trump, tomou as rédeas da instituição em junho e, sob seu comando, foram retiradas caixas de coleta e equipamento de processamento, enquanto horas extras foram eliminadas.

Um líder sindical explicou à AFP que as mudanças provocaram atrasos nas entregas em todo o país. Na terça-feira, sob pressão popular, DeJoy suspendeu as mudanças até depois das eleições de novembro.