Polícia prende suspeito de incêndio que matou 36 em estúdio no Japão
Tóquio, Japão, 27 Mai 2020 (AFP) - A polícia japonesa anunciou nesta quarta-feira (27) que prendeu formalmente o suposto autor do incêndio criminoso de 2019 em um estúdio de animação em Kyoto, que causou 36 mortes e cerca de trinta feridos, incluindo o suspeito, que permaneceu hospitalizado por um longo tempo.
"Prendemos Shinji Aoba, 42, por suspeita de ter matado 36 pessoas por incendiar" o Kyoto Animation Study 1 (Kyoani) em 18 de julho de 2019, disse um porta-voz da polícia à AFP.
Ele também é suspeito de tentativa de assassinato de outras 34 pessoas feridas no incêndio e de ter violado a lei japonesa sobre armas, porque foi visto com facas nas vias públicas, acrescentou o porta-voz.
Shinji Aoba foi preso logo após o incêndio, mas por ter sofrido queimaduras graves, foi hospitalizado e passou várias semanas em coma.
Ele ainda está se recuperando, mas a polícia montou um centro médico em uma delegacia para interrogatório, segundo a televisão pública da NHK.
Segundo várias testemunhas, o suspeito invadiu o prédio do estúdio, derramou gasolina e lançou fogo, gritando "Você vai morrer". O motivo do ataque é desconhecido.
O que se sabe é que Aoba nunca teve contato com o Kyoto Animation, mas supostamente acusou o estúdio de roubar uma ideia sua de roteiro.
Segundo a imprensa, ele sofre de uma doença mental e, em 2012, cometeu um assalto em um supermercado pelo qual foi condenado a mais de três anos de prisão.
A tragédia do Kyoani repercutiu no Japão e no exterior, pois o estúdio tinha muitos funcionários jovens, especialmente mulheres.
Esses profissionais carregavam "a indústria de animação japonesa nos ombros ...", disse o presidente da empresa, Hideaki Hatta, após o ataque.
Fundado em 1981, o Kyoani produzia desenhos animados inspirados em mangá, como "Munto", "Lucky Star", "Melancholy de Haruhi Suzumiya" ou "K-ON!".
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