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YouTube proíbe ataques pessoais e assédio em sua plataforma

11/12/2019 21h31

San Francisco, 12 dez 2019 (AFP) - O YouTube anunciou nesta quarta-feira (11) que não vai tolerar mais insultos, ameaças ou assédio em geral em sua plataforma de vídeos, iniciando uma nova etapa de um processo de limpeza de seu serviço.

"Não permitiremos mais conteúdo que insulta maliciosamente alguém por atributos protegidos, como sua raça, expressão de gênero ou orientação sexual", disse Matt Halprin, diretor de Confiança e Segurança Global do YouTube, em um comunicado publicado no blog oficial da companhia.

"Isto se aplica a todos, de usuários privados a criadores de conteúdo no YouTube, até funcionários públicos", acrescentou.

Como outras grandes plataformas sociais na Internet, o YouTube recebeu muitas críticas por sua política tolerante sobre a difusão de conteúdo nocivo em seu serviço.

O Google investiu desde 2017 grandes quantias em sistemas automatizados com inteligência artificial e também recursos humanos para reforçar seus processos de detecção e retirada de vídeos problemáticos.

A ênfase agora estava sobretudo em mensagens de ódio, imagens de terrorismo e comentários pedófilos, entre outros.

Este procedimento fez com que fossem retiradas ameaças e insultos, mas o YouTube decidiu endurecer suas regras.

"A partir de agora, nossas políticas irão um passo além e não só proibirão ameaças explícitas, mas também ameaças veladas ou implícitas", disse Halprin.

"Isto inclui conteúdo que simula violência a um indivíduo ou linguagem que sugira a ocorrência de violência física", detalhou.

Manipular uma arma enquanto se fala de alguém ou inclusive pôr o rosto de uma pessoa no avatar de um videogame violento deixarão de ser conteúdos aceitáveis, por exemplo.

O YouTube prevê uma série de punições para quem violar este código de conduta de forma reiterada, o que inclui, por exemplo, desativar a geração de ingresso dos agressores ou diretamente suprimir seus vídeos.

A nova regulamentação se aplica também à seção dos comentários. Segundo a plataforma, só no terceiro trimestre de 2019 retirou 16 milhões de comentários avaliados como assédio. Espera-se que com o vigor das novas normas, esta cifra é ainda maior.

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