Bloomberg caminha para entrar na disputa pela Casa Branca
Concord, Estados Unidos, 9 Nov 2019 (AFP) - O magnata americano Michael Bloomberg caminha para concorrer à Casa Branca em 2020, ao se registrar como candidato nas primárias democratas no estado do Alabama, antes da data limite para a apresentação dos documentos, nesta sexta-feira.
Apesar do ex-prefeito de Nova York não ter anunciado publicamente a candidatura, sua inclusão entre os pré-candidatos democratas abre caminho para a disputa pelo cargo do republicano Donald Trump, em novembro do próximo ano.
Faltando três meses para o início das primárias, o nome Bloomberg foi publicado entre os 17 candidatos no site do Partido Democrata do Alabama horas antes do prazo final para o registro.
O Alabama não abre as primárias, mas é o estado com o maior prazo para registro.
Horas antes, o pré-candidato Joe Biden - favorito nas pesquisas - comemorou a possibilidade de ter Bloomberg na corrida.
"Dou as boas vindas. Michael é um cara sólido", disse Biden a jornalistas em Concord, New Hampshire, após apresentar sua candidatura oficial neste influente estado, um dos primeiros a votar nas primárias, em fevereiro.
O ex-vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) destacou que não se sente ameaçado por Bloomberg, um dos homens mais ricos do mundo, que teria reconsiderado entrar na campanha diante do avanço de dois adversários de Wall Street: Bernie Sanders e Elizabeth Warren, ambos na esquerda do partido.
"Não tenho qualquer problema com ele na corrida (...). As últimas pesquisas me mostram muito à frente dele".
"Se não me engano, estou indo muito bem, tanto em relação a Trump como aos demais candidatos".
A média das pesquisas do site especializado RealClearPolitics (RCP) mostra Biden com 28,3% entre os democratas, seguido por Warren, 20,6%, e Sanders, 17,6%.
Sobre um eventual confronto entre Trump e Biden, o RCP revela uma vitória do democrata com 10,5% pontos de vantagem.
Com Bloomberg, de 77 anos, na corrida, se confirma um elenco repleto de septuagenários brancos: Biden, 77 (20 de novembro), Sanders, 78, Warren, 70, e Trump, 73.
Trump comentou a inscrição de Bloomberg avaliando que "o Pequeno Michael fracassará", em referência a sua baixa estatura. "Não tem a magia para fazer isto".
"Não irá bem, mas certamente vai prejudicar Biden", disse o presidente a jornalistas na Casa Branca, antes de acrescentar: "não há ninguém melhor para se concorrer do que com o Pequeno Michael".
Bloomberg, prefeito de Nova York entre 2001 e 2013 e líder do grupo de informação financeira que leva o seu nome, tem uma fortuna avaliada em 52,4 bilhões de dólares, muito superior a de Trump, com 3,1 bilhões, segundo a revista Forbes.
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