Realizada a primeira missa em Notre Dame após o incêndio
Paris, 15 Jun 2019 (AFP) - Foi realizada neste sábado a primeira missa na catedral de Notre Dame, dois meses depois do incêndio que destruiu o telhado do monumento, um dos mais emblemáticos de Paris.
Entre aindaimes que estão sendo utilizados na reforma e usando um capacete, assim como seus auxiliares, o arcebispo da capital francesa, monsenhor Michel Aupetit, celebrou a cerimônia que não foi aberta ao público, sendo transmitida ao vivo pela emissora de TV católica KTO.
"O fogo, que devastou o edifício em 15 de abril, provocou uma onda de emoção, não apenas na comunidade de fiéis", disse o arcebispo durante o sermão.
"Esta catedral é um local de culto, esse é seu único e verdadeiro propósito", acrescentou.
Cerca de trinta pessoas, todas usando capacetes, foram autorizadas a acompanhar a missa realizada na parte atrás do coro da igreja, entre elas o reitor da Notre Dame, monsenhor Patrick Chauvet, voluntários, pessoas que trabalhavam na catedral e funcionários da diocese
"Por evidentes razões de segurança", segundo a diocese de Paris, nenhum fiel esteve presente na missa.
- Fase de consolidação -O incêndio da catedral no dia 15 de abril provocou uma grande onda de solidariedade para salvar e restaurar este local, patrimônio mundial da Unesco.
O monumento perdeu a agulha, o teto e parte da abóboda.
A missa foi marcada para coincidir com a festa da Dedicatória, que comemora a consagração do altar da catedral. Uma data "altamente significativa, espiritualmente", destacou o monsenhor Chauvet.
Os participantes da cerimônia se reuniram na Capela da Virgem, onde ficava a Coroa de Espinhos, um dos tesouros da catedral que os católicos que foi usada por Cristo na crucificação e que foi salva das chamas.
A esplanada em frente à catedral segue fechada ao público.
Desde o incêndio, entre 60 e 150 pessoas trabalham no local retirando escombros e estabilizando a estrutura, uma tarefa que ainda vai durar algumas semanas. Em seguida serão realizados estudos para as obras de reforma.
O presidente francês Emmanuel Macron se comprometeu em entregar a catedral reconstruída dentro de cinco anos.
Dois meses depois do incêndio, apenas 9% dos 850 milhões de euros (cerca de 3,7 bilhões de reais) prometidos para a restauração do prédio foram disponibilizados.
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