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Mais uma estrela do pop sul-coreano envolvida em escândalo sexual

14/03/2019 07h55

Seul, 14 Mar 2019 (AFP) - O escândalo que afeta o mundo do pop sul-coreano, conhecido como K-pop, causou mais uma baixa nesta quinta-feira (14), depois que uma de suas estrelas admitiu ter visto vídeos sexuais ilegais filmados por outro cantor.

Yong Jun-hyung, de 29 anos, membro da banda Highlight, ex-Beast, relatou ter visto imagens de relações sexuais do cantor Jung Joon-young filmadas sem o consentimento de suas parceiras.

O artista, que também é produtor e ator, "deixará o grupo Highlight nesta quinta", anunciou sua agência Around Us Entertainment em um comunicado.

"Yong se deu conta, no final de 2015, de que [Jung] produzia conteúdo ilegal falando com ele por mensagens, olhou as imagens que recebeu [de Jung] e teve uma conversa inapropriada com ele", afirma o comunicado.

O mundo do pop sul-coreano, que quer transmitir uma imagem de perfeição tanto no físico quanto no comportamento de suas estrelas, está vivendo, nos últimos dias uma onda de escândalos sexuais que, segundo os grupos feministas, expõe os abusos sofridos pelas mulheres na Coreia do Sul.

Jung Joon-young, assim como Seungri, um membro da BIGBANG, uma das mais importantes do país, também anunciaram que vão deixar o mundo do entretenimento.

Famoso na Coreia do Sur por sua participação em um concurso de música pela televisão, Jung também compartilhou vídeos ilegais com Seungri e teve de prestar depoimento à polícia.

Seungri também é suspeito de tentar subornar investidores com os serviços de prostitutas e foi indiciado por "incitação à prostituição".

Seu nome aparece ainda em uma investigação policial sobre Burning Sun, uma boate onde trabalhava como diretor de relações públicas. O pessoal do local é acusado de usar câmeras escondidas para filmar mulheres e de usar drogas e álcool para agredi-las sexualmente.

A Coreia do Sul enfrenta o fenômeno "molka", o uso de câmeras espiãs para filmar as mulheres secretamente em lugares como banheiros públicos, transportes, ou escritórios.

Também é frequente o chamado "revenge porn" (ou "pornografia de vingança"), geralmente obra de homens que publicam on-line vídeos de suas relações sexuais com ex-parceiras para se vingarem.

No ano passado, milhares de mulheres se manifestaram contra o "molka".

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