Fonte militar do WikiLeaks presa por se negar testemunhar ante a justiça
Washington, 8 Mar 2019 (AFP) - Chelsea Manning, que vazou milhares de documentos secretos ao site WikiLeaks, foi detida nesta sexta-feira por ordem de um juiz por negar-se a testemunhar ante um grande juri do estado americano da Virgínia.
O ex-analista de Inteligência do Exército dos Estados Unidos disse que se valeu de seus direitos constitucionais para se negar a responder às perguntas do grande juri secreto, que, acredita, está julgando o australiano Julian Assange, fundador do grupo que compila e divulga informações secretas.
Manning permanecerá detida até que reconsidere sua posição ou até que o grande júri seja dissolvido, advertiu o juiz Claude Hilton, da Corte de Alexandria, citado pelo Sparrow Project, uma agência de imprensa e comunicação ligado a ela.
Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, Manning afirmou que tem objeções "éticas" ao sistema de grande juri e que já respondeu todas as perguntas sobre sua participação no caso WikiLeaks.
"Me atenho ao meu testemunho anterior" sobre o caso. "Não participarei de um processo secreto ao qual moralmente me oponho, particularmente um que tem sido historicamente usado para deter e perseguir ativistas".
Manning antes se chamava Bradley e não era uma mulher trans quando teve acesso aos documentos.
Ela foi presa e condenada a 35 anos de prisão pelo vazamento.
As ações da ex-analista ajudaram a tornar o WikiLeaks um movimento global contra segredos de governos.
A Justiça de Alexandria, perto de Washington, não confirmou que o WikiLeaks e Assange são os alvos desta investigação.
seb/leo/lb/dga/gma/cn
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