Fonte militar do WikiLeaks é intimada por grande júri americano
Washington, 2 Mar 2019 (AFP) - Chelsea Manning, a ex-soldado militar americana presa por vazar segredos de Estado para a WikiLeaks, deverá comparecer diante de um grande júri, informou sua advogada.
Moira Meltzer-Cohen destacou que não foi informada sobre os motivos da nova convocação, mas a imprensa dos Estados Unidos especula que pode ser em função de um caso contra WikiLeaks encaminhado por promotores federais no estado da Virgínia.
Meltzzer-Cohen disse que Manning não pretende responder à intimação.
"Eu me oponho energicamente a esta intimação e o processo do grande júri em geral", escreveu Manning, de 31 anos, em um comunicado.
Os Estados Unidos são um dos poucos países a ter um sistema de grande júri, embora nem todo estado americano faça uso dele, e as regras variam de unidade para unidade federal.
Neste sistema, que atua em paralelo aos tribunais, a apreciação das ações são conduzidas sem advogados de defesa e normalmente sem os réus estarem envolvidos.
Além disso, esse sistema não determina o veredicto de culpado ou inocente, decidindo somente se há provas suficientes para realizar um julgamento.
"Não tenho nada a acrescentar e me incomoda que me obriguem a me colocar em perigo a participar nesta prática predatória", reclamou ainda.
Chelsea Manning, que deixou de se chamar Bradley após fazer uma cirurgia de redesignação sexual, foi condenada em 2013 a 35 anos de prisão por passar para a WikiLeaks e a cinco jornais mais de 700 mil documentos sigilosos do governo dos Estados Unidos sobre a guerra no Iraque e Afeganistão.
Entre eles, está o vídeo viral do helicóptero americano bombardeando civis em Bagdá em 2007.
As revelações expuseram delitos encobertos e possíveis crimes por parte de tropas e aliados do governo americano.
pmh/ft/dg/rbv/lca/cn
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