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'A favorita' lidera indicações ao Bafta, o Oscar britânico

10/02/2019 12h24

Londres, 10 Fev 2019 (AFP) - Com 12 indicações, "A favorita", do diretor grego Yorgos Lanthimos e sua atriz Olivia Colman, espetacular como rainha neurótica, partem em posição de força na cerimônia dos Bafta, o Oscar do cinema britânico, que acontece neste domingo (10) em Londres.

Nesta comédia dramática que se passa na Inglaterra do século XVIII, uma confidente e uma cortesã da rainha Anne disputam seus favores, em um triângulo amoroso marcado por ambições políticas.

Liderando as indicações, o filme concorre, entre outras, nas categorias de "Melhor filme", "Melhor diretor" e "Melhor atriz" com Olivia Colman, cujo papel já lhe rendeu um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar.

Além disso, "A favorita" também pode levar o prêmio de "Melhor atriz coadjuvante", para o qual Emma Stone e Rachel Weisz estão indicadas.

- Interpretar Freddie Mercury, 'imensa responsabilidade'Na categoria de "Melhor filme", Yorgos Lanthimos enfrenta "Infiltrado na Klan", do veterano Spike Lee; "Green Book - o guia", baseado na história real do pianista negro Donald Shirley; "Roma", a produção do Netflix feita pelo mexicano Alfonso Cuarón; e "Nasce uma estrela", sobre a ascensão à fama de uma jovem cantora interpretada por Lady Gaga, que também está indicada na categoria de "Melhor atriz".

O Bafta de melhor ator será disputado por Bradley Cooper ("Nasce uma estrela"), Christian Bale ("Vice"), Steve Coogan ("Stan & Ollie"), Viggo Mortensen ("Green Book - o guia") e Rami Malek por seu papel como Freddie Mercury, cantor do Queen, em "Bohemian Rhapsody".

Vencedor de "Melhor filme de drama" no Globo de Ouro, a produção já garantiu vários prêmios para Rami Malek, incluindo um Globo de Ouro e um Screen Actors Guild Award, considerados indicadores para o Oscar. A principal festa do mundo do cinema será no dia 24 de fevereiro.

"Quando comecei a preparar o papel de Freddie Mercury, fiquei imaginando se estaria à altura da tarefa, que é uma responsabilidade imensa, mas uma responsabilidade que tinha que assumir", disse o ator americano.

Mesmo assim, a Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (Bafta) decidiu suspender a nomeação de seu diretor, Bryan Singer, após acusações de abuso sexual, algumas de menores, feitas contra ele por quatro homens em um artigo da The Atlantic. No texto, ele aparece como um "predador" que administrava drogas e álcool às suas vítimas.

Singer, de 53 anos, defendeu-se das acusações, chamando o artigo de "homofóbico" e o acusando de tentar "sujar" sua reputação e atrapalhar o sucesso de "Bohemian Rhapsody".

A cerimônia começará às 21h locais (19h em Brasília), no Royal Albert Hall.

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