Jornalistas franceses contam como foi sua detenção na Venezuela
Paris, 5 Fev 2019 (AFP) - Os dois jornalistas franceses detidos durante dois dias na semana passada na Venezuela contaram como foi sua prisão, falando à emissora de tv para a qual trabalham.
Pierre Caillé e Baptiste des Monstiers foram detidos quando filmavam nos arredores do Palácio de Miraflores de Caracas em 29 de janeiro. Haviam entrado no país sem visto de jornalista para cobrir a grave crise política.
"Quando decidimos ir para a Venezuela, vimos que obter um visto de jornalista era muito complicado. Mas dissemos que tínhamos que ir naquele momento invés de esperar três semanas ou um mês", explicou Baptiste des Monstiers na emissora TMC.
Detidos pelas forças de ordem, ficaram algemados em alguns momentos e sem possibilidade de se comunicar com sua embaixada. Foram transferidos a vários lugares de detenção, incluindo El Helicoide, sede dos serviços secretos venezuelanos (Sebin).
Encontram os três jornalistas da agência espanhola EFE, também detidos brevemente.
Em princípio, "acharam que éramos espiões ou equipe diplomática à paisana, não sabíamos muito bem", explicou Des Monstiers. "Foi uma montanha-russa", segundo Caillé.
Os dois jornalistas foram expulsos na quinta-feira depois que a União Europeia (UE) solicitou a sua libertação.
Desde o início da crise política, outros dois jornalistas chilenos foram detidos e expulsos do país.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras solicitou ao governo de Nicolás Maduro o "respeito à liberdade de informação" e denunciou a apreensão de material, como câmeras e celulares, assim como a censura de rádios e emissoras de televisão locais.
Sem mencionar explicitamente essas detenções, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, denunciou no Twitter que jornalistas estrangeiros têm entrado no país sem ter solicitado previamente uma permissão de trabalho.
tsz-app/erl/cb
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