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Editor de revista americana diz ter ajudado Trump e cooperar com justiça

12/12/2018 21h38

Nova York, 12 dez 2018 (AFP) - O editor da revista National Enquirer chegou a um acordo com o sistema de justiça dos EUA que prevê cooperação com os investigadores e reconhece a entrega, durante a campanha presidencial de 2016, de US$ 150.000 a uma ex-modelo que alegou ter tido um relacionamento com Donald Trump.

O acordo foi concluído no final de setembro, mas foi divulgado na quarta-feira, ao mesmo tempo em que a sentença de morte de Trump, Michael Cohen, era conhecida, já que os dois casos estavam relacionados.

O anúncio dessa colaboração confirma as declarações de Cohen e é uma má notícia para Trump, já que o diretor do grupo de mídia, David Pecker, era um aliado histórico do presidente.

Nesta quarta-feira, a agência American Media International (AMI) também reconheceu que o valor pago em agosto de 2016 a Karen McDougal, oficialmente para garantir a exclusividade da história de sua suposta aventura com Donald Trump, foi direcionado, na verdade", para disfarçar o testemunho do modelo para evitar influenciar a eleição presidencial.

A AMI reconhece ter feito esse pagamento "de acordo com a campanha de um candidato para a eleição presidencial", de acordo com o gabinete do Procurador Geral de Justiça de Manhattan, Geoffrey Berman, em um comunicado publicado nesta quarta-feira.

Estas declarações confirmam as de Michael Cohen, que declarou publicamente que a quantia foi entregue a Karen McDougal a pedido de Donald Trump, "para influenciar a eleição", isto é, impedir que a revelação de um relacionamento extraconjugal manche a imagem do candidato republicano.

Michael Cohen também afirmou ter comprado o silêncio da atriz pornográfica Stormy Daniels para o mesmo fim, pagando uma quantia de US$ 130.000.

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