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Família de Prince pede a Trump que não use mais sua música em atos políticos

O cantor Prince, que morreu em 2016 - Vince Bucci/Getty Images
O cantor Prince, que morreu em 2016 Imagem: Vince Bucci/Getty Images

De Nova York (EUA)

12/10/2018 20h23

A família de Prince (1958-2016) pediu a Donald Trump que não use a música do cantor em suas reuniões públicas, como ocorreu em várias ocasiões, embora a lei esteja ao lado do presidente americano.

"Os herdeiros de Prince nunca deram sua permissão ao presidente Trump ou à Casa Branca de utilizar canções de Prince e pediram que parem imediatamente todo uso", tuitou Omarr Baker, meio-irmão de Prince.

Contatado pela agência France Press, o comitê de campanha de Trump não respondeu à solicitação de entrevista.

Segundo a imprensa americana, a equipe de campanha de Trump usou a música mais conhecida do cantor, "Purple Rain", em várias reuniões.

Prince se soma assim a uma longa lista de artistas cujos herdeiros ou eles mesmos solicitaram ao presidente que não utilize suas músicas em atos públicos.

Os Rolling Stones, Adele, Neil Young, R.E.M., Aerosmith e Queen, assim como os herdeiros de George Harrison, denunciaram o uso de suas obras durante encontros republicanos.

Presidente dos Estados Unidos Donald Trump - Rogelio V. Solis/AP - Rogelio V. Solis/AP
O presidente americano Donald Trump
Imagem: Rogelio V. Solis/AP

A família do falecido tenor italiano Luciano Pavarotti também criticou o uso de "Nessun Dorma", famosa ária de "Turandot" de Puccini, em atos de Trump.

Os políticos americanos podem obter permissão das associações de direitos autorais que os dispensam de solicitar a permissão explícita aos cantores e grupos envolvidos.

O direito americano prevê a possibilidade de um artista pedir que sua música não seja utilizada caso considere "que a campanha dá a entender que o músico (...) apoia o candidato", segundo a associação americana da indústria do disco (RIAA na sigla em inglês).

Vários artistas, entre eles a banda Queen, ameaçaram entrar com uma ação na justiça para impedir o uso de suas canções em atos políticos republicanos, mas ninguém colocou a promessa em prática.