Exposição 'Corpos Celestiais' do Met de NY bate todos os recordes
Nova York, 11 Out 2018 (AFP) - Com mais de 1,65 milhão de visitantes, a exposição do Metropolitan Museum of Art de Nova York "Corpos Celestiais: a moda e o imaginário católico" é a mais vista da sua história, anunciou a instituição nesta quinta-feira (11).
Mantos papais bordados que inspiram uma obra-prima de John Galliano para Dior, a armadura de Joana d'Arc reimaginada como um corpete por Jean Paul Gaultier, ou o hábito de um monge transformado em um vestido de noite por Valentino: a exposição explorou como as lendárias grifes se inspiraram no imaginário, nas vestimentas e nas crenças da Igreja Católica durante os séculos XX e XXI.
A exposição original, exibida ao público entre 10 de maio e 8 de outubro tanto na sede central da Quinta Avenida como nos Cloisters, seu anexo dedicado à arte medieval ao norte de Manhattan, arrebatou o recorde de visitantes de "Os tesouros de Tutancâmon", de 1978, que foi vista por 1,36 milhão de pessoas.
Mas se alguém esperava que a Igreja Católica iria ficar insatisfeita - inclusive na ultraliberal Nova York, onde os católicos são o grupo religioso dominante -, se enganou, pois o Vaticano deu a sua aprovação, inclusive emprestando 40 objetos eclesiásticos da sacristia da Capela Sistina.
O próprio cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, foi à cerimônia de gala do Met para abrir a exposição, misturando-se com celebridades que usavam vestidos inspirados no imaginário católico.
A cada mês de maio, o célebre jantar de gala do Met, que arrecada fundos para o Costume Institute do museu, se inspira em uma exposição paralela, e este ano foi "Corpos Celestiais" a que esteve na origem das extravagantes vestimentas de Rihanna, Katy Perry, Madonna e Sarah Jessica Parker.
"Corpos Celestiais" também foi a maior exposição organizada pelo Costume Institute e pelo Met, estendendo-se pelos 5.570 m2, em 25 galerias.
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