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China projeta lei de censura dos conteúdos religiosos online

11/09/2018 10h58

Pequim, 11 Set 2018 (AFP) - A prática de postar fotos de um batismo, de cerimônias budistas ou de uma missa nas redes sociais será em breve banida na China, sob um projeto de lei cujo objetivo é coagir ainda mais as religiões.

Os órgãos devidamente autorizados poderão continuar a publicar certos conteúdos religiosos, mas dentro de um quadro estritamente definido, de acordo com o projeto de lei anunciado na segunda-feira pelo Escritório Nacional de Assuntos Religiosos da China.

"Nenhuma organização ou indivíduo pode, em qualquer formato (texto, imagem, som, vídeo, etc.) transmitir ao vivo ou em diferido online venerações a Buda, queima de incenso, ordenações de monges, leituras de sutras (discursos de Buda ou seus discípulos), serviços religiosos, missas, batismos ou qualquer outra atividade religiosa", diz o texto.

Em caso de violação da lei, as organizações infratoras poderão ser proibidas. Por outro lado, o documento não especifica as possíveis sanções aos indivíduos.

A iniciativa, que visa promover a "estabilidade social" e lutar contra o "extremismo", foi revelada no momento em que o Partido Comunista Chinês (PCC) está preocupado com um eventual aumento do islamismo radical, particularmente na região de Xinjiang (noroeste), onde metade da população é muçulmana.

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