Artigo anônimo publicado no NYT enfurece Trump
Washington, 6 Set 2018 (AFP) - Um furioso Donald Trump exigiu, na quarta-feira (5), que seja revelado o nome do funcionário de alto escalão que publicou um artigo anônimo no jornal "The New York Times", no qual admite que membros da cúpula do governo tentam frear as "piores inclinações" do presidente.
Trump questionou se um artigo anônimo pode ser considerado uma "traição", criticou o jornal por publicar a coluna "covarde" e pediu que esclareça se o tal funcionário realmente existe.
"TRAIÇÃO?", tuitou Trump, em resposta ao artigo de opinião intitulado "Sou parte da resistência dentro da administração Trump", que denunciou que seu próprio staff o vê como um perigo para a nação.
"Existe realmente o chamado 'alto funcionário do governo' ou é apenas o fracassado The New York Times com outra de suas fontes falsas?", perguntou.
"Se a covarde pessoa anônima na realidade existe, o Times deve, por razões de Segurança Nacional, entregar ele/ela ao governo imediatamente!", acrescentou.
O autor alega que mantém seu compromisso com a agenda republicana e não está alinhado com a oposição democrata.
"Acreditamos que nosso primeiro dever seja para com este país, e o presidente continua agindo de maneira prejudicial para a saúde da nossa república", escreveu o funcionário, acrescentando que "a raiz do problema é a amoralidade do presidente".
- Pompeo e Pence negam autoria -"Muitos dos funcionários de alto escalão de seu próprio governo estão trabalhando diligentemente de dentro para frustrar parte de sua agenda e suas piores inclinações", acrescentou.
"Eu sei. Sou um deles", afirmou.
O vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado Mike Pompeo se apressaram em marcar uma distância com a nova polêmica, negando que sejam os autores do texto.
"O vice-presidente assina as colunas que ele escreve", afirmou a equipe de Pence.
"O @nytimes deveria ter vergonha, tanto quanto essa pessoa que escreveu esse artigo falso, absurdo e covarde", tuitou o diretor de Comunicação de Pence, Jarrod Agend.
"Estamos acima dessas manobras de amadores", completou.
Em visita a Nova Délhi, Pompeo negou ter escrito esse "triste" artigo e disse que seu autor está "frustrado, é desleal e um mau ator".
O jornal reconheceu o passo extraordinário dado ao publicar um artigo de opinião anônimo e disse que fez isso a pedido do autor, cuja identidade é conhecida.
"Acreditamos que a publicação deste ensaio de forma anônima seja a única maneira de oferecer uma perspectiva importante aos nossos leitores", alegou o jornal.
- 'Amoralidade' -O autor do artigo descreveu uma presidência de "duas vias": em uma, Trump diz uma coisa e, na segunda, sua equipe faz outra, por exemplo, no que chamou de "preferência (do presidente) por autocratas e ditadores".
E os funcionários trabalham ativamente para se isolar das "piores inclinações" e do estilo de liderança "impetuoso, confrontador, insignificante e ineficaz" do presidente, afirma o autor, apresentado como um funcionário do entorno de Trump.
Ainda segundo o autor anônimo, não se trata de apoiar os democratas, mas de proteger o país contra o comportamento "errático" e "amoral" do atual presidente dos Estados Unidos.
"A raiz do problema é a amoralidade do presidente", indicou.
"É por isso que muitos designados por Trump prometeram fazer o que puderem para preservar nossas instituições democráticas, enquanto se frustram os impulsos mais equivocados do sr. Trump até que termine seu mandato", explicou.
O presidente criticou o autor do texto e o "desonesto" New York Times.
"Eles não gostam do Trump, e eu não gosto deles", afirmou o presidente.
"Se o fracassado New York Times tem um editorial anônimo - anônimo significa covarde, um editorial covarde -, acreditem em mim, estamos fazendo um grande trabalho", insistiu.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, classificou o artigo como "patético, imprudente e egoísta" e criticou o jornal por tê-lo publicado.
"Cerca de 62 milhões de pessoas votaram no presidente Donald J. Trump em 2016", disse Sanders. "Nenhum deles votou em uma fonte anônima, covarde do fracassado The New York Times", disse ela.
O artigo foi publicado um dia depois da divulgação de trechos do novo livro de Bob Woodward, "Fear: Trump in the White House" ("Medo: Trump na Casa Branca", em tradução livre), que conta que um grupo de funcionários de alto perfil da Casa Branca e do gabinete tenta evitar que Trump tome decisões prejudiciais para a economia e a segurança nacional dos Estados Unidos.
O artigo de opinião do NYT sugere, porém, que a dissidência e a resistência dentro da Casa Branca de Trump são inclusive mais profundas do que Woodward descreveu.
Relata ainda que, no início do governo, alguns funcionários chegaram a cogitar a possibilidade de invocar a 25ª emenda da Constituição dos Estados Unidos, que permite levar adiante o processo de impeachment de um presidente considerado incapaz de cumprir seus deveres.
"Mas ninguém queria precipitar uma crise constitucional. De modo que faremos o que pudermos para dirigir o governo na direção correta até que, de um jeito, ou de outro, acabe", completa o texto.
Trump questionou se um artigo anônimo pode ser considerado uma "traição", criticou o jornal por publicar a coluna "covarde" e pediu que esclareça se o tal funcionário realmente existe.
"TRAIÇÃO?", tuitou Trump, em resposta ao artigo de opinião intitulado "Sou parte da resistência dentro da administração Trump", que denunciou que seu próprio staff o vê como um perigo para a nação.
"Existe realmente o chamado 'alto funcionário do governo' ou é apenas o fracassado The New York Times com outra de suas fontes falsas?", perguntou.
"Se a covarde pessoa anônima na realidade existe, o Times deve, por razões de Segurança Nacional, entregar ele/ela ao governo imediatamente!", acrescentou.
O autor alega que mantém seu compromisso com a agenda republicana e não está alinhado com a oposição democrata.
"Acreditamos que nosso primeiro dever seja para com este país, e o presidente continua agindo de maneira prejudicial para a saúde da nossa república", escreveu o funcionário, acrescentando que "a raiz do problema é a amoralidade do presidente".
- Pompeo e Pence negam autoria -"Muitos dos funcionários de alto escalão de seu próprio governo estão trabalhando diligentemente de dentro para frustrar parte de sua agenda e suas piores inclinações", acrescentou.
"Eu sei. Sou um deles", afirmou.
O vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado Mike Pompeo se apressaram em marcar uma distância com a nova polêmica, negando que sejam os autores do texto.
"O vice-presidente assina as colunas que ele escreve", afirmou a equipe de Pence.
"O @nytimes deveria ter vergonha, tanto quanto essa pessoa que escreveu esse artigo falso, absurdo e covarde", tuitou o diretor de Comunicação de Pence, Jarrod Agend.
"Estamos acima dessas manobras de amadores", completou.
Em visita a Nova Délhi, Pompeo negou ter escrito esse "triste" artigo e disse que seu autor está "frustrado, é desleal e um mau ator".
O jornal reconheceu o passo extraordinário dado ao publicar um artigo de opinião anônimo e disse que fez isso a pedido do autor, cuja identidade é conhecida.
"Acreditamos que a publicação deste ensaio de forma anônima seja a única maneira de oferecer uma perspectiva importante aos nossos leitores", alegou o jornal.
- 'Amoralidade' -O autor do artigo descreveu uma presidência de "duas vias": em uma, Trump diz uma coisa e, na segunda, sua equipe faz outra, por exemplo, no que chamou de "preferência (do presidente) por autocratas e ditadores".
E os funcionários trabalham ativamente para se isolar das "piores inclinações" e do estilo de liderança "impetuoso, confrontador, insignificante e ineficaz" do presidente, afirma o autor, apresentado como um funcionário do entorno de Trump.
Ainda segundo o autor anônimo, não se trata de apoiar os democratas, mas de proteger o país contra o comportamento "errático" e "amoral" do atual presidente dos Estados Unidos.
"A raiz do problema é a amoralidade do presidente", indicou.
"É por isso que muitos designados por Trump prometeram fazer o que puderem para preservar nossas instituições democráticas, enquanto se frustram os impulsos mais equivocados do sr. Trump até que termine seu mandato", explicou.
O presidente criticou o autor do texto e o "desonesto" New York Times.
"Eles não gostam do Trump, e eu não gosto deles", afirmou o presidente.
"Se o fracassado New York Times tem um editorial anônimo - anônimo significa covarde, um editorial covarde -, acreditem em mim, estamos fazendo um grande trabalho", insistiu.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, classificou o artigo como "patético, imprudente e egoísta" e criticou o jornal por tê-lo publicado.
"Cerca de 62 milhões de pessoas votaram no presidente Donald J. Trump em 2016", disse Sanders. "Nenhum deles votou em uma fonte anônima, covarde do fracassado The New York Times", disse ela.
O artigo foi publicado um dia depois da divulgação de trechos do novo livro de Bob Woodward, "Fear: Trump in the White House" ("Medo: Trump na Casa Branca", em tradução livre), que conta que um grupo de funcionários de alto perfil da Casa Branca e do gabinete tenta evitar que Trump tome decisões prejudiciais para a economia e a segurança nacional dos Estados Unidos.
O artigo de opinião do NYT sugere, porém, que a dissidência e a resistência dentro da Casa Branca de Trump são inclusive mais profundas do que Woodward descreveu.
Relata ainda que, no início do governo, alguns funcionários chegaram a cogitar a possibilidade de invocar a 25ª emenda da Constituição dos Estados Unidos, que permite levar adiante o processo de impeachment de um presidente considerado incapaz de cumprir seus deveres.
"Mas ninguém queria precipitar uma crise constitucional. De modo que faremos o que pudermos para dirigir o governo na direção correta até que, de um jeito, ou de outro, acabe", completa o texto.
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