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Emissora dos EUA não afasta CEO acusado de assédio sexual por seis mulheres

O chefão da CBS Leslie Moonves, também conhecido como Les Moonves, durante conferência na Califórnia, em julho - Drew Angerer/Getty Images
O chefão da CBS Leslie Moonves, também conhecido como Les Moonves, durante conferência na Califórnia, em julho Imagem: Drew Angerer/Getty Images

Nova York (EUA)

30/07/2018 21h45

 A rede americana de televisão CBS anunciou nesta segunda-feira (30) que selecionará assessores externos para investigar as acusações de assédio sexual contra seu CEO, Leslie Moonves, mas se negou a tomar medidas imediatas sobre seu destino.

Moonves, que após se juntar à rede em 1995 a transformou em um imã de altas audiências, é um dos homens americanos mais poderosos envolvidos na era #MeToo, que no ano passado implodiu a carreira do produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

Seis mulheres, entrevistadas pela revista The New Yorker, afirmam terem sido vítimas do CEO. Quatro delas disseram que ele as tocou ou beijou à força enquanto as outras duas afirmam ter sido intimidadas fisicamente ou com ameaças de que suas carreiras seriam arruinadas.

Os fatos teriam acontecido entre a década de 1980 e os anos 2000.

Moonves admitiu ter feito avanços sobre as mulheres "há várias décadas", mas negou tê-las assediado sexualmente.

Em uma reunião nesta segunda-feira, a junta diretora decidiu adiar a junta geral de acionistas, prevista para 10 de agosto, para uma data posterior sem especificar.

Também anunciou que iniciou o processo de seleção de assessores externos à empresa, que serão responsáveis por realizar a investigação independente sobre as acusações contra Moonves.

No entanto, os diretores não tomaram nenhuma decisão em relação a seu CEO, que permanecerá à frente do grupo ao menos até a publicação dos resultados do segundo trimestre nesta quinta-feira.