Juiz ordena Jay-Z a depor sobre dados fraudulentos de sua marca de roupas
Um juiz americano obrigou a estrela do hip-hop Jay-Z a testemunhar em uma investigação sobre a venda de sua marca de roupas Rocawear, após o músico se recusar duas vezes a se apresentar para um interrogatório.
Paul Gardephe, juiz federal em Manhattan, ordenou a Jay-Z, cujo nome verdadeiro é Shawn Carter, se apresentar para depor em 15 de maio em um local mutuamente acordado.
Em sua decisão, datada desta terça-feira (09), Gardephe pediu para que o depoimento seja colhido "em apenas um dia".
A Comissão de Mercados e Valores (SEC) investiga possíveis violações da lei por parte do Iconix Brand Group, que vende marcas como Joe Boxer, Umbro e London Fog.
A Iconix pagou a Jay-Z US$ 200 milhões em 2007 por ativos da Rocawear, embora o artista tenha se mantido à frente da gestão estratégica da marca.
Nos meses de março de 2016 e 2018, a empresa anunciou amortizações pelo preço total pago pela marca de roupas em 2007, segundo a SEC.
A entidade revisa essas transações como parte de uma investigação sobre as contas do Iconix, que foi aberta depois que os acionistas do grupo apresentaram uma ação coletiva em 2015, suspeitando que a empresa publicou resultados financeiros que sabia que eram errados.
A SEC recorreu à Justiça americana neste mês após o cantor não ter respondido duas citações para depor, em novembro de 2017 e fevereiro de 2018.
Em um comunicado enviado por seus advogados na semana passada, um representante de Jay-Z disse que seu cliente "não teve nenhum papel" nas publicações financeiras da Iconix e que é um "cidadão privado, que não deve ser envolvido nesse assunto".
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