Três jovens processam apresentador de TV Charlie Rose e CBS por assédio sexual
Nova York, 4 Mai 2018 (AFP) -
Três ex-colegas de cerca de 20 anos do jornalista televisivo Charlie Rose, demitido após alegações de assédio sexual, entraram com uma ação na Justiça nesta sexta-feira (3) contra a emissora CBS e sua maior estrela por discriminação, assédio e represálias.
A reivindicação de 20 páginas garante que Rose tocou repetidamente nas mulheres, acariciando seus braços, ombros, cintura e costas, pressionou-as contra seu corpo e as beijou no rosto em 2017.
O jornalista de 76 anos colocou as mãos nas coxas das meninas, pediu que elas lhe contassem detalhes de sua vida sexual e se gabou de suas conquistas para elas, de acordo com a acusação.
Quando o contestaram ou se queixaram de seu comportamento na CBS, ele ameaçou demiti-las, intimidou-as e chamou-as de idiotas, antes de demitir duas delas após a publicação de uma reportagem que o acusava de abuso sexual.
Uma das demandantes, a quem Rose chamava de "China Doll" (Boneca Chinesa), ficou doente devido à "conduta ilegal" e atualmente está em licença médica, aponta a ação.
A CBS News não respondeu imediatamente nesta sexta-feira a um pedido para comentar a informação.
A emissora demitiu Rose, que chegou a ser o apresentador de televisão mais respeitado dos Estados Unidos, em 21 de novembro, menos de 24 horas após oito mulheres denunciarem ter sido assediadas sexualmente pelo jornalista em entrevistas ao The Washington Post.
Cinco delas "descreveram como Rose colocou a mão em suas pernas e às vezes na parte superior das coxas". Duas disseram que ele "andou nu na frente delas" depois de tomar um banho. Uma disse que Rose "apalpou suas nádegas" em uma festa de trabalho.
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