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Spielberg revive seus clássicos dos anos 80 em "Jogador Nº 1"

31/03/2018 10h23

Los Angeles, 31 Mar 2018 (AFP) - Ele já conquistou corações com "E.T." e "Cavalo de Guerra", gerou medo com "Tubarão" e aprofundou a paranoia da Guerra Fria com "Munique" e "Ponte dos Espiões".

Agora Steven Spielberg volta às suas raízes com o lançamento de "Jogador Nº 1", uma carta de amor aos filmes dos anos 80 que o tornaram famoso.

Protagonizado por Tye Sheridan, o filme é baseado no livro de de 2011 sobre um adolescente em busca de um prêmio de um jogo de realidade virtual (VR), em um mundo arrasado por uma crise energética.

Sheridan interpreta Wade Watts, que quer escapar da pobreza em uma futurista Columbus, Ohio. Ele coloca óculos, luvas, fones e uma roupa especial para ser transportado ao mundo virtual OASIS na forma de um avatar chamado Parzival.

O elenco inclui o ganhador do Oscar Mark Rylance, que interpreta o misterioso criador do jogo, que oferece como prêmio, nada mais, nada menos, do que o próprio OASIS.

Olivia Cooke, Ben Mendelsohn, T.J. Miller e Simon Pegg também estão no filme, que estreou na quinta-feira no Brasil.

Pegg disse à AFP na pré-estreia mundial em Hollywood, na segunda-feira, que, durante a filmagem, se sentiu viajando para o futuro.

"Tínhamos um equipamento de realidade virtual, podíamos colocar a máscara e ver o set em que estaríamos".

- "Viagem ao passado" -No mundo virtual OASIS, Wade se encontra com ícones da cultura pop como Freddy Krueger e tem a chance de dirigir o DeLorean de "De volta para futuro". King Kong e R2-D2 também participam da história, em que o o Batmóvel clássico dos anos 60 passeia pelas ruas.

"Nasci em 2025, mas eu queria ter crescido nos anos 80 com todos os meus heróis", diz Wade.

Spielberg disse na Comic-Con de San Diego, onde apresentou uma prévia do filme em 2017, que o romance de Ernie Cline representou "a mais fantástica viagem ao passado, em uma década (a dos anos 80) na qual que estive muito envolvido". O veterano cineasta disse ter se divertido muito nesse filme de ficção científica em um mundo distópico.

"As pessoas estão abandonando o país e de repente a realidade virtual te dá uma oportunidade de ir a outro mundo, e você pode fazer de tudo nesse mundo, tudo o que você possa imaginar", disse.

Spielberg cortou a maioria das referências do romance a seus próprios filmes, mas isso não impediu a crítica de descrever "Jogador Nº 1" como uma autobiografia cinematográfica.

A exibição na quarta-feira nos Estados Unidos deu à produção seus primeiros 3,8 milhões de dólares e a expectativa é de que no final de semana de Páscoa o faturamento alcance de 45 a 50 milhões.