Chico Buarque volta aos palcos após anos de ausência
Rio de Janeiro, 4 Jan 2018 (AFP) - Há mais de cinco anos Chico Buarque não subia aos palcos, mas o compositor vai matar a saudade de seus fãs com um mês de shows no Rio de Janeiro para promover seu novo trabalho, "Caravanas".
Lenda viva da música brasileira, Buarque participou de forma pontual em alguns shows durante esse período, mas 2017 marcou formalmente seu regresso à cena musical com o lançamento de seu 23º disco de estúdio solo, de nove faixas, aclamado pela crítica devido à sua atualidade.
Elegante mas também brincalhão, o artista de 73 anos fala no álbum de amor shakesperiano, mas também da era da comunicação por aplicativos como o Whatsapp ("Dueto", como a neta Clara).
Ele também retrata o drama dos refugiados ("As Caravanas") e defende que a velhice deve ser assumida com espírito esportivo ("Jogo de bola").
Afastado dos palcos desde 2012, o também poeta e romancista decidiu começar a turnê de "Caravanas" em meados de dezembro em Belo Horizonte (sudeste), mas é com este mês de shows em sua casa que seu retorno ganha força para, depois do Carnaval, ir a São Paulo e então a outras capitais de estados brasileiros.
Mas no Rio de Janeiro, o preço para ver o artista não é acessível para todos os públicos: as entradas vão de 220 a 490 reais.
Na quarta-feira à noite, Buarque convocou os jornalistas para a sala Vivo Rio, onde se apresentará de quinta a domingo durante um mês, para falar de sua turnê como ele sabe melhor: com música.
Vestido de preto e grudado em seu violão, o artista tocou junto com sua banda "Homenagem ao malandro" e "As Caravanas" em um palco minimalista, decorado com fitas geométricas luminosas e um móbile metálico.
Como única generosidade midiática antes do ensaio geral, o compositor brincou com os fotógrafos e posou alguns segundos para eles.
- Um artista do presente -Depois do álbum "Chico" (2011), em "Caravanas" Buarque se atreve a misturar desde o 'lundu' (um ritmo africano centenário) com um bolero em espanhol em homenagem a Havana ("Casualmente"), até um som mais orquestral combinado com uma batida do funk conhecida como "tamborzão".
"'Caravanas' crava, enfim, que Chico é um artista do presente - ao contrário do lugar em que alguns têm procurado localizá-lo nos últimos anos (especialmente após 'Tua cantiga' e o aquecimento de ânimos com a acusação de machismo em sua letra), de ser alguém anacrônico em sua poética e em sua musicalidade", escreveu o jornalista musical Leonardo Lichote em sua crítica no jornal O Globo.
Apesar de sua ausência musical nos últimos anos, o artista que se exilou na Itália durante a ditadura e vive temporadas em Paris nunca deixou de lado sua militância política.
Recentemente, o cantor apareceu em atos junto ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a quem apoia para as eleições de 2018.
E sobre essa saudade que os fãs podiam sentir dele, no single de lançamento "Tua cantiga" (que alguns tacharam de machista), Buarque diz poeticamente: "Quando te der saudade de mim/ Quando tua garganta apertar/ Basta dar um suspiro/ Que eu vou ligeiro/ Te consolar".
Lenda viva da música brasileira, Buarque participou de forma pontual em alguns shows durante esse período, mas 2017 marcou formalmente seu regresso à cena musical com o lançamento de seu 23º disco de estúdio solo, de nove faixas, aclamado pela crítica devido à sua atualidade.
Elegante mas também brincalhão, o artista de 73 anos fala no álbum de amor shakesperiano, mas também da era da comunicação por aplicativos como o Whatsapp ("Dueto", como a neta Clara).
Ele também retrata o drama dos refugiados ("As Caravanas") e defende que a velhice deve ser assumida com espírito esportivo ("Jogo de bola").
Afastado dos palcos desde 2012, o também poeta e romancista decidiu começar a turnê de "Caravanas" em meados de dezembro em Belo Horizonte (sudeste), mas é com este mês de shows em sua casa que seu retorno ganha força para, depois do Carnaval, ir a São Paulo e então a outras capitais de estados brasileiros.
Mas no Rio de Janeiro, o preço para ver o artista não é acessível para todos os públicos: as entradas vão de 220 a 490 reais.
Na quarta-feira à noite, Buarque convocou os jornalistas para a sala Vivo Rio, onde se apresentará de quinta a domingo durante um mês, para falar de sua turnê como ele sabe melhor: com música.
Vestido de preto e grudado em seu violão, o artista tocou junto com sua banda "Homenagem ao malandro" e "As Caravanas" em um palco minimalista, decorado com fitas geométricas luminosas e um móbile metálico.
Como única generosidade midiática antes do ensaio geral, o compositor brincou com os fotógrafos e posou alguns segundos para eles.
- Um artista do presente -Depois do álbum "Chico" (2011), em "Caravanas" Buarque se atreve a misturar desde o 'lundu' (um ritmo africano centenário) com um bolero em espanhol em homenagem a Havana ("Casualmente"), até um som mais orquestral combinado com uma batida do funk conhecida como "tamborzão".
"'Caravanas' crava, enfim, que Chico é um artista do presente - ao contrário do lugar em que alguns têm procurado localizá-lo nos últimos anos (especialmente após 'Tua cantiga' e o aquecimento de ânimos com a acusação de machismo em sua letra), de ser alguém anacrônico em sua poética e em sua musicalidade", escreveu o jornalista musical Leonardo Lichote em sua crítica no jornal O Globo.
Apesar de sua ausência musical nos últimos anos, o artista que se exilou na Itália durante a ditadura e vive temporadas em Paris nunca deixou de lado sua militância política.
Recentemente, o cantor apareceu em atos junto ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a quem apoia para as eleições de 2018.
E sobre essa saudade que os fãs podiam sentir dele, no single de lançamento "Tua cantiga" (que alguns tacharam de machista), Buarque diz poeticamente: "Quando te der saudade de mim/ Quando tua garganta apertar/ Basta dar um suspiro/ Que eu vou ligeiro/ Te consolar".
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