Artista chinês e sua esposa estão desparecidos após homenagem a vencedor do Nobel

Um artista chinês e sua esposa francesa estão desaparecidos há uma semana, desde que exibiram na China um trabalho em homenagem ao prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo, cujo nome ainda é tabu no país, disseram seus amigos nesta sexta-feira (22).
Em 15 de dezembro, Hu Jiamin e Marine Brossard conseguiram expor uma cadeira vazia em frente a grades, na entrada de uma exposição na grande cidade de Shenzhen (sul), antes que as autoridades cobrissem o trabalho, indicaram testemunhas à AFP.
A cadeira vazia evoca a memória de Liu Xiaobo, o dissidente preso pelo regime comunista por oito anos por ter reivindicado democracia na China.
Impossibilitado de viajar para a Noruega para receber seu prêmio em 2010, foi representado na cerimônia por uma cadeira vazia. O ativista morreu em detenção em julho passado.
"Nós tentamos localizá-los. Não estamos entendendo o que está acontecendo", declarou um amigo do casal à AFP, que pediu anonimato por motivos de segurança.
O casal, que mora em Lyon, no leste da França, onde Hu Jiamin registrou uma empresa de criação artística, viajou para a China para participar da Bienal de Urbanismo e Arquitetura Shenzhen-Hong Kong, de acordo com testemunhas.
Um jornal de Hong Kong, Ming Pao, informou que um dos seus jornalistas presentes na exposição viu o artista e sua esposa gritando quando foram levados pela polícia em 15 de dezembro à tarde.
A polícia de Shenzhen disse não ter informações sobre o casal, assim como o ministério das Relações Exteriores chinês. A embaixada da França em Pequim se recusou a comentar.
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