China investiga ex-diretor de regulamentação da internet
Pequim, 22 Nov 2017 (AFP) - O ex-diretor de regulamentação da internet na China, idealizador do aumento da censura na rede no país, está sendo investigado, anunciaram as autoridades.
A Autoridade de Combate à Corrupção do Partido Comunista Chinês (PCCh) informou na terça-feira que Lu Wei, de 57 anos, é suspeito de "graves violações".
O governo não informou as acusações contra Lu Wei, mas as autoridades costumam utilizar esta expressão para fazer referência aos crimes de corrupção, abuso de poder ou desrespeito à linha oficial definida pelo secretário-geral do PCCh e presidente chinês, Xi Jinping.
Lu Wei assumiu o comando da administração chinesa do ciberespaço em 2013. Ele era responsável pela supervisão dos controles de conteúdos na internet. Seu poder era tamanho que foi incluído em 2015 pela revista Time na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Abandonou o cargo em meados de 2016, trocado por uma pessoa próxima a Xi Jinping.
Depois de assumir o poder em 2012, o presidente chinês iniciou uma ampla campanha de combate à corrupção que afetou quase 1,5 milhão de integrantes do Partido Comunista.
Lu Wei era um personagem importante tanto na China como no exterior, onde despertava o interesse das grandes empresas de tecnologia que desejavam entrar no mercado chinês. O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, o recebeu em 2014 na sede do grupo na Califórnia.
Diversas redes sociais como Facebook, Instagram, YouTube e Twitter estão vetadas aos internautas chineses.
"A liberdade sem ordem não existe", declarou Lu em 2015 para justificar a política de controle na internet.
lth-ehl/bar/cro/gm/fp
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