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Escapada exótica nos desfiles de Paris

02/10/2017 20h37

Paris, 2 Out 2017 (AFP) - A passarela parisiense celebrou nessa segunda-feira o exotismo em todas as cores: nas calças tailandesas da Hermès, nos vestidos de estampas africanos de Stella McCartney e nas folhas de palmeira como acessório no desfile do colombiano Esteban Cortázar.

- O inesquecível 'carré' Hermès -A diretora artística da maison Hermès, Nadège Vanhee-Cybulski, apostou na tradicional calça tailandesa, de gancho baixo e elástico na cintura, combinada com top de listras azuis em um look urbano e elegante.

"O que mais gosto em sua construção é que não tem costuras nas laterais, apenas se costura o gancho da calça,o resto é livre", explicou a estilista após o desfile na Semana de Moda primavera-verão 2018.

A coleção prestou homenagem a Henry d'Origny, responsável por muitos dos 'carrés' da Hermès, os lenços quadrados estampados que encantam gerações. Essas estampas são utilizadas em todos os looks e combinadas com jaqueta e camisa.

- Stella McCartney, microfones e ventiladores -Stella McCartney vestiu suas modelos com looks amplos. A estilista brincou nessa coleção com o batik, tecido estampado africano, propondo desenhos de ventiladores e microfones com fundos verdes, vermelhos e lilás, graças a uma colaboração com o fabricante holandês Vlisco.

O jeans lavado apareceu em tons de verde flúor, rosa e azul em coletes, calças e macacões, salpicados de bolsos grandes.

- Leonard no Taiti -A diretora artística da marca Leonard, Christine Phung, foi buscar inspiração na vegetação exuberante da Polinésia para seus vestidos vaporosos de seda, cujos movimentos lembravam os barcos à vela.

As flores exóticas de cores vivos adornavam os biquínis e as saídas de praia.

- Esteban Cortázar e seu toque vegetal -O colombiano Esteban Cortázar, único estilista latino-americano que desfila no programa oficial da Semana de Moda parisiense, mostrou uma coleção marcada pelas formas geométricas e sobreposições.

Combinou também vestidos em tom pastel com cores fortes contrastantes, apostando em tecidos suaves como o tule e a seda. Como um acessório, algumas modelos desfilaram com uma folha de palmeira na mão.

- Giambattista Valli, as musas e Roma -Longe do exotismo, o estilista italiano Giambattista Valli começou a esboçar sua nova coleção em Roma, e quis celebrar com ela seus artistas preferidos, em especial o pintor Mario Schifano, cuja história de amor com a princesa Nancy Ruspoli conquistou seu coração.

Valli também prestou uma homenagem às musas.

"Em uma época em que todo mundo reivindica o poder das mulheres, o poder das mulheres artistas, eu reivindico o poder das mulheres como musas" que "inspiram os grandes artistas que não seriam (artistas) sem elas", diz em em uma aparente referência ao último desfile de Maria Grazia Chiuri para Dior, em que sua compatriota proclamou um novo slogan feminista em favor das mulheres artistas.

Na passarela de Valli o ponto alto eram os vestidos com estampas florais e bordados, alguns com cauda.

- Sacai e o "patchwork" -A marca japonesa Sacai tirou partido do "patchwork", misturando tecido camuflado, tweed de ternos masculinos e náilon em uma jaqueta aviador.

Os vestidos, de cores alegres, eram curtos, sem mangas, e as sobreposições e os nós davam o toque de volume.

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