EUA: nova audiência fundamental para protagonista de 'Making a Murderer'
Chicago, 26 Set 2017 (AFP) - Um tribunal de apelação de Chicago analisou nesta terça-feira os argumentos a favor da libertação de um dos personagens centrais de "Making a Murderer", bem-sucedido documentário em formato seriado que ilustra as falhas do sistema judiciário americano.
Em uma audiência de pouco mais de uma hora, os sete juízes do tribunal tentaram esclarecer se a confissão de Brendan Dassey foi obtida pela Polícia à força.
Este homem, hoje com 27 anos, e seu tio Steven Avery foram condenados em 2007 à prisão perpétua acusados pelo assassinato da fotógrafa Teresa Halbach, que tinha 25 anos, ocorrido em 2005.
Os juízes do tribunal de apelação poderiam ordenar a libertação de Dassey, uma eventualidade que o estado de Wisconsin, onde a jovem foi morta, quer evitar.
"Making a Murderer", popular série lançada pela Netflix em dezembro de 2015, retrata a investigação frustrada ou simulada do caso, assim como diversos elementos que fazem pensar que Dassey e Avery foram presos injustamente.
Para muitos americanos, os homens foram objeto de uma manipulação da Polícia ou do promotor de Wisconsin, que supostamente tinha a família Avery em sua mira.
A defesa de Dassey assegura ele fez uma confissão a partir de feitos inventados em meio a um interrogatório policial polêmico, já que o rapaz tem um QI limitado e poderia ser facilmente coagido.
Adolescente na época da morte de Halbach, Dassey foi defendido por um advogado de ofício.
Um juiz de Wisconsin ordenou a sua libertação em novembro de 2016 e a decisão foi confirmada pelo tribunal de apelação de Chicago em junho. Mas em todas as vezes o promotor-geral de Wisconsin apelou e bloqueou a decisão.
Nesta terça-feira, o tribunal não indicou a data em que emitirá a sentença.
Por outro caso, Steven Avery passou 18 anos preso ao ser acusado de uma violenta agressão sexual que não cometeu. Após a realização de testes de DNA foi declarado inocente e libertado em 2003.
seb/sf/lda/rsr/cb/mvv
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